Por trás do movimento capitaneado pelo ex-presidente Lula para substituir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles está a ideia de que a economia precisa reagir para que seu grupo tenha ainda algum futuro político. A teoria econômica para operar o milagre já é bem conhecida: estimular o crédito e o consumo.
INFOGRÁFICO: Acompanhe o aumento do crédito direcionado no Brasil
Nos bastidores, a notícia é a de que Meirelles aceitaria a missão. Ele provavelmente não poderia fazer o que quer Lula, pelo menos não antes de fazer um ajuste fiscal. A única diferença entre Meirelles e Levy é que o ex-presidente do BC teria uma nova chance de aglutinar o apoio político necessário para que sejam aprovadas as reformas necessárias para a recuperação do equilíbrio fiscal e outras para melhorar a competitividade. Ele também poderia exigir o controle do Planejamento e do BC, algo que Levy não tem.
Fora seu peso político, Meirelles não traz nada de novo. Liberar o crédito ou estimular o consumo em um momento em que o Banco Central está sem munição para brigar contra a inflação não vai funcionar. Por isso ele só aceitaria o cargo com uma carta branca que apenas Antônio Palocci teve no início do governo Lula, confirmando que o problema hoje é político e não das convicções que guiam o Ministério da Fazenda.
O mercado reagiu bem à ideia de Meirelles na Fazenda. Ele traz à memória os tempos em que os superávits primários eram cumpridos e em que o Brasil era um dos emergentes mais brilhantes. Meirelles também cometeu erros. Deixou o real se valorizar de maneira excessiva (algo que, claro, era difícil saber na época) e conduziu uma elevação dos juros semanas antes do estouro da crise nos EUA em 2008 (manobra desfeita rapidamente e com sucesso no fim daquele ano).
Reunidas
A companhia de transporte intermunicipal catarinense Reunidas está encolhendo suas operações. Ela já transferiu 18 linhas para a Planalto Transportes, entre elas algumas que passam pelo Paraná. Outras 15 passaram a ser operadas pela Viação Ouro e Prata e 25 foram transferidas para a Reunidas Turismo. A reesturturação da Reunidas chamou também a atenção da Viação Princesa dos Campos, de Ponta Grossa, que estuda comprar linhas da concorrente catarinense.
GPTW
A consultoria Great Place to Work anunciou a abertura de um escritório em Curitiba para cuidar do atendimento regional no Paraná. A GPTW tem um sistema de avaliação de clima organizacional e elabora rankings com as melhores empresas para trabalhar em diversos países. O ranking paranaense será conhecido em um evento realizado em parceria com a Gazeta do Povo na próxima quinta-feira (19). Para tocar o escritório em Curitiba, foi chamado o executivo Hilgo Gonçalves, ex-presidente da Losango. Claudia Malschitzky será a diretora executiva.
Cargolift
E empresa de logística Cargolift transferiu sua filial de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, para a cidade de Mauá, na mesma região. O objetivo é aproveitar melhor a infraestrutura do Rodoanel e ter uma área maior, com pátio e possibilidade de expansão. A mudança também deve trazer outros ganhos de produtividade, já que os processos foram redesenhados e o setor administrativo alocado em um único piso. A companhia registrou uma queda de 3% no faturamento no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2014.
Condor
A rede de supermercados Condor inaugura nesta terça-feira sua 41ª loja. Será sua segunda unidade em Pinhais, resultado de um investimento de R$ 40 milhões, uma aposta no mercado emergente da região metropolitana. A unidade terá 3,5 mil m² de área de vendas para atender 100 mil clientes por mês. No projeto, a rede adotou uma iluminação ajustável às condições de luminosidade 100% de LED com o objetivo de reduzir pela metade o consumo de energia, e colocou portas nos equipamentos para congelados, também para diminuir o consumo de luz.