Em alta
Private equity
O BNDES lançou na semana passada um programa de R$ 3 bilhões para estimular negócios de capital de risco. É o tipo de negócio que beneficia empresas médias, com alto potencial de crescimento.
Em baixa
Emprego
Março teve o pior resultado de geração de empregos desde 1999. Notícia que veio junto com o mais baixo desemprego da série que começou em 2002 mas porque menos gente está procurando vaga.
O governo federal quer criar uma "banda" para sua política fiscal a partir do ano que vem. A ideia apresentada na semana passada é que a União garanta um superávit fiscal mínimo de 2% do PIB, com um teto de 2,5% do PIB. Se estados e municípios não colaborarem com a economia, fica para o Ministério da Fazenda a responsabilidade de fazer a conta fechar. Com essa proposta, o governo admite de forma clara que sua política fiscal precisa mudar. Como de costume, fica para depois das eleições.
Deveríamos acompanhar a política fiscal da mesma forma como acompanhamos a inflação. Ela dói no bolso do mesmo jeito. Para que sua meta não caia no descrédito, o governo já está avisando que os impostos precisam subir. Uma banda para ser cumprida sem mágicas é um avanço, mas ela necessita de outras peças para funcionar. Uma meta de longo prazo, por exemplo. O governo não disse por que 2% do PIB é adequado. Por quanto tampo? Para levar a dívida pública para onde?
Outro problema é que de forma implícita foi criado um incentivo para que estados e municípios não cumpram suas metas. O setor público tem de caminhar sempre para o mesmo lado para a política fiscal funcionar. Não adianta zerar o déficit em Brasília e triplicar em Curitiba. Surge o risco de, assim, Brasília acordar em dezembro com um baita buraco para fechar. Essa crítica não é para jogar fora a iniciativa de se criar a "banda fiscal". Ela é um sinal de que haverá um ajuste. Vamos esperar que a fábrica de ilusões orçamentárias do governo federal não interfira.
O preço do sucesso
A Aneel estipulou em R$ 271 o preço por megawatthora para o leilão de energia que será realizado no dia 30. É suficiente para levar empresas para o leilão, mas talvez não feche o buraco de mais de 3 mil MWmédios que existe no mercado. Esse buraco está em empresas de distribuição que não têm contratos e precisam comprar energia à vista hoje por R$ 822 o MWh.
A Copel está entre as empresas de olho no leilão. A empresa está subcontratada em 112 MWmédios, segundo seu último relatório anual. O sucesso do leilão reduziria a pressão futura sobre a tarifa no Paraná também, portanto.
Parceria
A fabricante de produtos plásticos MVC, que tem sede em São José dos Pinhais, assinou uma parceria com a portuguesa Inapal. A ideia é formar um novo negócio para fabricação de autopeças, com troca de tecnologias. Está em estudo a abertura de uma fábrica no ano que vem.
Crescimento
O balanço recém-divulgado da empresa de construções metálicas Brafer, de Araucária, mostra um crescimento forte em 2013. A receita total da companhia teve alta de 38%, para R$ 393 milhões, com lucro líquido de R$ 31 milhões.
Nova fábrica
Anunciada em 2011, a nova fábrica do Grupo Boticário em Camaçari, na Bahia, terá sua inauguração marcada para o segundo semestre. O projeto de R$ 390 milhões vai dobrar a capacidade produtiva da empresa, que já está operando em território baiano seu novo centro de distribuição. Com isso, o Boticário, além de elevar a produção, reduz os custos logísticos para atender as regiões Nordeste e Norte.
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