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Boletim

A tesoura de Dilma

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Em pouco tempo vamos saber o tamanho da tesoura que a presidente Dilma Rousseff usará para cortar o orçamento. E, pelos pronunciamentos do governo até agora, ela será menor do que o necessário. Para complicar ainda mais o cenário econômico, o país continua sofrendo com o ataque de todos os poderes sobre o dinheiro dos contribuintes. No mundo ideal, uma tesourinha bastaria se não houvesse auxílio-moradia aqui, salário de servidor público disparando ali (o caso da Defensoria Pública no Paraná é uma amostra de como o público vira privado), e superfaturamentos acolá.

Nem mesmo o ministro da Fazenda (quem será mesmo?) mais forte e bem-disposto vai operar o milagre de colocar as contas públicas no lugar antes de 2017. O desafio de fazer com que o dinheiro público seja tratado como público está perdido. Não há ajuste fiscal, infelizmente, que possa contar com essa possibilidade. Restam duas alternativas, o corte de gastos e o aumento de impostos. As entrevistas dadas por membros do governo têm sido incoerentes a respeito dessas opções. Fala-se em ajuste duro sem elevação de impostos ou desemprego.

Na prática, o governo sabe que não tem muito onde cortar. Terá de sacrificar investimentos e alguns programas de eficiência duvidosa. Poderia optar por uma reforma mais profunda, cortando coisas estranhas, como o Ministério da Pesca, mas isso parece fora do radar em Brasília. Restará, portanto, subir um ou outro imposto (o IPI dos veículos e a contribuição da gasolina são os primeiros da lista em 2015). Pena que disso pouco se falou na campanha.

Rodriaço

A fabricante de cozinhas industriais paranaense Rodriaço calcula que vai fechar o ano com faturamento de R$ 35 milhões, 16% maior do que em 2013. Para o ano que vem, a meta é manter o ritmo de 15% de crescimento e consolidar a operação da empresa na nova fábrica, que está sendo construída em Fazenda Rio Grande. Hoje, a empresa divide suas atividades em duas áreas. Com o investimento, a companhia diz que vai contratar no ano que vem, ampliando seu quadro, que hoje tem 150 funcionários.

Bematech

A Bematech anunciou que vai iniciar um programa de recompra de ações, usando recursos em caixa para reduzir o número de papéis em circulação. O limite de recompra é de 2,5 milhões das 39 milhões de ações nas mãos do mercado e o objetivo é a "geração de valor" para os acionistas. Geralmente as empresas de capital aberto recompram ações em momentos de estresse no mercado financeiro que podem levar a uma queda no valor dos papéis, sem refletir o valor que os controladores enxergam no negócio. Neste ano, as ações da companhia caíram 11% na bolsa.

Sanepar

Depois da saída do fundo Dominó, a Sanepar anunciou que a Daleth Participações deixou de integrar seu quadro de acionistas. As ações da Daleth representavam 16% dos papéis preferenciais da companhia e foram distribuídos aos seus sócios. Entre eles, está o Citigroup Venture Capital Brazil, que já comunicou ao mercado a aquisição da sua participação na empresa.

Triunfo

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da concessionária Transbrasiliana, que administra a BR-153 no trecho que corta São Paulo entre as divisas com Minas Gerais e o Paraná, pela Triunfo Participações. O negócio de R$ 22,6 milhões aumentou a presença da Triunfo na área de concessões e a coloca na lista de interessados nos leilões que serão feitos no ano que vem (um deles envolvendo um trecho no Paraná).

C.E.S.A.R.

O C.E.S.A.R. promove no dia 28 de novembro a primeira edição da Maratona de Inovação, um evento aberto para apresentar ao público o que é e como funciona o processo de inovação. As palestras serão transmitidas via YouTube para quem se inscrever no site ciclodepalestras.org.

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