Em alta
Combustíveis
Dez dias depois das eleições, o governo fez o que ele dizia que a oposição faria e autorizou o reajuste dos combustíveis. Não deve parar por aí.
Em baixa
Montadoras
Nas contas da Anfavea, as montadoras dispensaram 10 mil funcionários no último ano, em função da crise nas vendas de veículos.
Em pouco tempo vamos saber o tamanho da tesoura que a presidente Dilma Rousseff usará para cortar o orçamento. E, pelos pronunciamentos do governo até agora, ela será menor do que o necessário. Para complicar ainda mais o cenário econômico, o país continua sofrendo com o ataque de todos os poderes sobre o dinheiro dos contribuintes. No mundo ideal, uma tesourinha bastaria se não houvesse auxílio-moradia aqui, salário de servidor público disparando ali (o caso da Defensoria Pública no Paraná é uma amostra de como o público vira privado), e superfaturamentos acolá.
INFOGRÁFICO: CNI mapeou onde a indústria cresceu mais na última década
Nem mesmo o ministro da Fazenda (quem será mesmo?) mais forte e bem-disposto vai operar o milagre de colocar as contas públicas no lugar antes de 2017. O desafio de fazer com que o dinheiro público seja tratado como público está perdido. Não há ajuste fiscal, infelizmente, que possa contar com essa possibilidade. Restam duas alternativas, o corte de gastos e o aumento de impostos. As entrevistas dadas por membros do governo têm sido incoerentes a respeito dessas opções. Fala-se em ajuste duro sem elevação de impostos ou desemprego.
Na prática, o governo sabe que não tem muito onde cortar. Terá de sacrificar investimentos e alguns programas de eficiência duvidosa. Poderia optar por uma reforma mais profunda, cortando coisas estranhas, como o Ministério da Pesca, mas isso parece fora do radar em Brasília. Restará, portanto, subir um ou outro imposto (o IPI dos veículos e a contribuição da gasolina são os primeiros da lista em 2015). Pena que disso pouco se falou na campanha.
Rodriaço
A fabricante de cozinhas industriais paranaense Rodriaço calcula que vai fechar o ano com faturamento de R$ 35 milhões, 16% maior do que em 2013. Para o ano que vem, a meta é manter o ritmo de 15% de crescimento e consolidar a operação da empresa na nova fábrica, que está sendo construída em Fazenda Rio Grande. Hoje, a empresa divide suas atividades em duas áreas. Com o investimento, a companhia diz que vai contratar no ano que vem, ampliando seu quadro, que hoje tem 150 funcionários.
Bematech
A Bematech anunciou que vai iniciar um programa de recompra de ações, usando recursos em caixa para reduzir o número de papéis em circulação. O limite de recompra é de 2,5 milhões das 39 milhões de ações nas mãos do mercado e o objetivo é a "geração de valor" para os acionistas. Geralmente as empresas de capital aberto recompram ações em momentos de estresse no mercado financeiro que podem levar a uma queda no valor dos papéis, sem refletir o valor que os controladores enxergam no negócio. Neste ano, as ações da companhia caíram 11% na bolsa.
Sanepar
Depois da saída do fundo Dominó, a Sanepar anunciou que a Daleth Participações deixou de integrar seu quadro de acionistas. As ações da Daleth representavam 16% dos papéis preferenciais da companhia e foram distribuídos aos seus sócios. Entre eles, está o Citigroup Venture Capital Brazil, que já comunicou ao mercado a aquisição da sua participação na empresa.
Triunfo
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da concessionária Transbrasiliana, que administra a BR-153 no trecho que corta São Paulo entre as divisas com Minas Gerais e o Paraná, pela Triunfo Participações. O negócio de R$ 22,6 milhões aumentou a presença da Triunfo na área de concessões e a coloca na lista de interessados nos leilões que serão feitos no ano que vem (um deles envolvendo um trecho no Paraná).
C.E.S.A.R.
O C.E.S.A.R. promove no dia 28 de novembro a primeira edição da Maratona de Inovação, um evento aberto para apresentar ao público o que é e como funciona o processo de inovação. As palestras serão transmitidas via YouTube para quem se inscrever no site ciclodepalestras.org.
Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.