Há uma promessa que um possível governo Temer não pode fazer: que não haverá aumento de impostos. Por mais que esse seja o primeiro ponto nas pautas apresentadas por entidades empresariais, não existe ajuste fiscal crível sem que a retração da arrecadação seja revertida nos próximos trimestres. Com a economia em queda livre, um aumento mesmo que temporário na carga tributária é inevitável
Em alta
A taxa de juros média do cheque especial bateu um recorde em março. Segundo dados do BC, ela passou de 300% ao ano, a maior desde o início do Plano Real.
Em baixa
Pesquisa da Associação Comercial do Paraná indica que a queda nas vendas do Dia das Mães pode chegar a 15%.
INFOGRÁFICO: Veja números da concentração do crédito em bancos públicos.
A receita extra com a CPMF está no orçamento deste ano e está na conta do projetado pelo governo para os próximos dois anos. Isso significa que o pedido para que o Congresso aprove uma flexibilização na lei orçamentária de 2016 teria de ser ainda maior do que os quase R$ 100 bilhões de déficit pedidos por Dilma, se não houver mais impostos.
O pedido de flexibilização é um capítulo à parte. O governo corre o risco de ter de paralisar serviços a partir de 22 de maio, se não aprovar a mudança no Congresso. É provável que a negociação fique com Michel Temer, antes mesmo que sua equipe econômica apresente um plano de ajuste fiscal.
Assim, o ajuste virá depois de o país admitir que chegará a mais um déficit primário. Cortar gastos, a partir de uma ampla desvinculação de receitas e do chamado orçamento base zero é uma das ações necessárias. Mas não será suficiente porque a margem de corte será de qualquer forma limitada. Na sequência devem vir mais impostos para fechar a conta e fazer o mercado acreditar no governo.
UEG
A usina térmica UEG Araucária gerou menos energia no ano passado. Foram 2,3 milhões de MWh, contra 3,4 milhões de MWh em 2014. A explicação está no refresco dado pela crise hídrica nos últimos meses de 2015 e na demanda menor por causa da recessão. Com isso, o faturamento da companhia caiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,4 bilhão. O lucro líquido seguiu o mesmo caminho, passando de R$ 471 milhões para R$ 242 milhões.
Tropical Banana
A rede curitibana de restaurantes com foco em alimentação saudável Tropical Banana inaugurou em abril sua terceira unidade no Rio Grande do Sul. O negócio faz parte da estratégia de expansão geográfica da companhia, que já tem outras três lojas em Santa Catarina e uma em São Paulo, além de 11 no Paraná. A próxima inauguração será em dois meses: uma unidade no Aeroporto Afonso Pena.
Rentcars
A curitibana Rentcars.com, empresa especializada no serviço de locação de veículos online, chegou à marca de R$ 100 milhões de faturamento nos 12 meses encerrados em março. No período, a companhia aumentou sua área de atuação de 12 para 60 países. Com isso, o número de reservas feitas no exterior já responde por 30% dos negócios fechados pelo site. A meta para este ano é chegar a 50% de crescimento, com investimento de R$ 15 milhões para ampliar seu mercado.
Correção
Esta coluna publicou incorretamente na última semana que a linha de transmissão que será construída pela Braferpower teve um custo de concessão de R$ 40,1 milhões. Esse valor, na realidade, se refere à receita anual permitida (RAP). Esse é o montante estimado de receita após a conclusão do investimento, em 2020.
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