O governo chega a seu décimo mês com seu terceiro ministro da Educação. Esse é apenas mais um sintoma de como o sistema público de ensino está enredado em uma sucessão de decisões erradas, políticas míopes e de que não é exatamente a prioridade que deveria ser. O efeito? Hoje um trabalhador norte-americano estuda, em média, cinco anos a mais do que um brasileiro e produz o mesmo que quatro pessoas no Brasil.
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O grande mito da educação é de que ela é ruim por falta de dinheiro e de professores. O olhar quantitativo ignora que o foco deveria ser qualitativo, com avaliação constante de profissionais, metas e a capacidade de detectar falhas no aprendizado antes que elas se tornem um impedimento para que a criança avance.
No ano passado, a The Economist publicou um artigo em que ironizava a letargia da produtividade do trabalho no Brasil. Foram “50 anos de soneca”, segundo a revista. Esse indicador hoje é parecido com o dos anos 60, apesar da revolução tecnológica e da abertura maior da economia. Agora são 51 anos.
O efeito mais perverso é que o país desperdiça talentos. Pessoas com perfil empreendedor e transformador são limitadas pela falta de instrumentos básicos, como cálculo e redação. O outro efeito que sentimos hoje é que o crescimento até 2011, puxado pelo ciclo das commodities e pela absorção de mão de obra ociosa bateu na parede da falta de educação. Sem aumento da produtividade, o país ficou preso a uma situação de baixo crescimento, que nem os estímulos e déficits do governo puderam deter. Problemas que não mudariam com o melhor ajuste fiscal do mundo.
Votorantim
A Votorantim Cimentos, que tem uma fábrica em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mobilizou sua equipe para encontrar uma forma de contornar a crise que bateu com força no setor de cimento. A inflação reduziu margens e o mercado teve uma retração de 10% até agosto por causa do investimento público menor, dos efeitos da operação Lava Jato e da desaceleração na construção civil. As metas da empresa foram revisar estruturas, reduzir custos e buscar combustíveis alternativos para as fábricas.
Crédito
Na semana passada, a curitibana Carob House, que fabrica alfarroba, recebeu um aporte de R$ 10 milhões. O processo de busca de um investidor teve apoio do Centro Internacional de Inovação do Senai no Paraná, que ajudou na elaboração das apresentações e na aproximação com investidores, e teve o pontapé inicial em um evento de venture capital realizado no Rio Grande do Sul pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e FIERGS, com apoio do Senai-PR. É um exemplo de como pode funcionar bem a busca de crédito com atores públicos e privados.
Maílson
O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega é um dos convidados para palestrar no evento Tendências 2016 da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc). O evento será no dia 20, na Volvo, e terá cinco painéis para discutir as tendências para o próximo ano.
Slaviero
A rede hoteleira curitibana Slaviero terá duas novas unidades em Florianópolis. A empresa assumiu a gestão de dois hotéis na ilha que fazem parte da estrutura do Grupo Koch, com o qual a companhia paranaense fechou uma parceria. Os dois hotéis, o Ingleses Praiatur e o Slaviero Essential Praia dos Ingleses Acquamar, são voltados para o turismo de lazer, área que ainda não é muito explorada pela bandeira. Os dois estão na Praia dos Ingleses, sendo que há um projeto de revitalização do Praiatur. Com a parceria, a rede passa a ter oito unidades em Santa Catarina.