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Brics até onde?

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O encontro dos Brics na última semana foi o sonho dos defensores da tese de que é preciso haver a união dos países em desenvolvimento para fazer frente à hegemonia do modelo ocidental criado no pós-guerra. Podemos esperar dessa união a criação de um modelo melhor para o Brasil?

Os membros do Brics têm perfis e interesses muito díspares. Rússia e China não têm regimes democráticos e têm interesses geopolíticos maiores que Brasil, Índia e África do Sul. A Rússia é hoje uma encrenca: apareceu no noticiário na semana passada apoiando o banco do grupo e também como possível corresponsável pela queda de um avião de passageiros na Ucrânia. Ao mesmo tempo, a China deixou claro quem manda no grupo. Com reservas de US$ 4 trilhões, os chineses não veem no Brics um colchão de reservas para ajudá-los em uma crise econômica. O que interessa é a costura política e não um modelo de desenvolvimento.

O risco aqui para o Brasil é tanto político quanto econômico. Posições dúbias sobre a guerra na Síria e a intervenção russa na Ucrânia podem deixar o país em posição desconfortável diante de parceiros históricos como Estados Unidos e União Europeia, que têm em comum com o Brasil o valor da democracia. Na economia, a China é um grande mercado para nossas commodities, mas não para produtos industrializados com cadeias produtivas longas e inovadoras. Não é o caso de dizer que o Brasil fez mau negócio na semana passada, mas que deve calcular bem as fichas que investirá nessa parceria.

ALL

A prévia do resultado do segundo trimestre divulgado pela ALL na semana passada trouxe números abaixo do esperado. No período, o crescimento do volume movimentado pela operação ferroviária foi de 0,9%, na comparação com o segundo trimestre de 2013. No primeiro semestre, o crescimento foi de apenas 1%, também na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado foi afetado pela menor demanda por grãos vinda da China a partir de maio. Com isso, o Ebitda (lucro antes de impostos e juros) dessa operação cresceu 4,6% no semestre. O resultado consolidado da companhia, com as operações das subsidiárias Brado e Ritmo, foi de crescimento de 0,2% no volume e de 4,8% no Ebitda, que chegou a R$ 1,024 bilhão no primeiro semestre.

Menos uma

Está avançando a proposta dos novos controladores da Companhia Providência para o fechamento da empresa na bolsa. O controle de pouco mais de 71% da Providência foi comprado em janeiro pelo grupo americano PGI. O contrato de aquisição previa que, quando a operação fosse finalizada, seria feita uma oferta pública de compra das ações em circulação na bolsa. O negócio foi concluído em junho e, na semana passada, a Providência divulgou que escolheu o Banco Safra para fazer a avaliação do valor das ações para a proposta de recompra. A recompra será o fim de um dos poucos cases de empresa paranaense que se arriscou na bolsa e segue caminho parecido com o da GVT, que fechou o capital após a aquisição feita pela Vivendi. No lançamento, em 2007, as ações da Providência valiam R$ 15. Hoje são cotadas em R$ 7,90.

Porto de Pontal

O licenciamento ambiental do Porto de Pontal do Paraná foi parar na Justiça. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu suspender a licença prévia do projeto por entender que é preciso haver consulta à Funai durante o licenciamento feito pelo Ibama, já que há uma área indígena na área de influência do terminal. Quem entrou com a ação foi o presidente da Fenccovib, federação que representa arrumadores e outros trabalhadores portuários, Mário Teixeira.

Shoppings

Três shoppings de Curitiba aparecem na lista dos dez que prestam os melhores serviços no país elaborada pelo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC). O Pátio Batel teve a segunda melhor pontuação do país, juntamente com o paulista JK Iguatemi.

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