A movimentação do Centrão, o famigerado grupo de parlamentares que representam metade da Câmara dos Deputados, e a negativa descarada de Eduardo Cunha sobre sua posse de contas no exterior nos lembram que o novo governo terá de lidar com o mesmo Congresso que emparedou Dilma Rousseff. Precavido, Michel Temer, encheu o ministério com nomes para selar a paz com os congressistas, mas isso não garante uma tramitação fácil para os projetos necessários ao ajuste do país.
O diagnóstico feito pela equipe de Henrique Meirelles é o que a maioria dos economistas vinha dizendo há pelo menos três anos. O governo gasta demais, sua arrecadação está em queda, e a dívida em elevação. Essa combinação leva a cortes de investimentos, aumento da inflação e dos juros. Não será possível quebrar esse ciclo apenas com medidas que dependem do Executivo.
Há, portanto, dúvidas sobre como o Congresso vai se comportar quando chegarem as medidas do ajuste para sua análise. O Centrão pode cobrar um preço caro demais para um país na bancarrota e a liderança de Temer será tão testada quanto a de Dilma.
A experiência dos países europeus que saíram melhor da crise da dívida mostra que os cortes precisam ser profundos, rápidos, acompanhados de privatizações e reformas de longo prazo. E nós teremos de fazer isso na companhia de juros e inflação muito mais altos. Postergar por mais tempo essas mudanças é correr o risco de encarar o fim da Grécia, onde a economia encolheu quase 30% e o desemprego passou dos 20%. O Brasil, felizmente, pode escolher o caminho certo agora e isso passa por uma mudança de comportamento do Congresso.
Localfarma
O portal de comparação de preços de produtos farmacêuticos Localfarma fechou uma parceria com a Pague Menos, uma das maiores redes nacionais. O acordo adiciona 830 pontos de venda à base de dados do site, que passa a comparar os preços de cerca de 1,1 mil farmácias no país. O portal é um negócio da paranaense Brasil Convênios, que tem nos cartões de convênio farmacêutico seu principal negócio. O site permite a comparação de preços e é usado também pela base de 200 mil usuários de convênios farmacêuticos da empresa.
Em alta
As primeiras declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mostram que ele quer fazer o ajuste fiscal sem descartar nenhuma saída, como cortes, reformas e impostos.
Em baixa
Os dados da Pnad Contínua do primeiro trimestre mostram que o desemprego subiu mais em Curitiba do que em outras regiões do estado. A taxa na capital é de 10,6%, contra 8,1% no estado.
Unicesumar
O Ministério da Educação autorizou o Centro Universitário Unicesumar, instituição de ensino com sede em Maringá, a abrir mais 186 polos de educação a distância. Com o aumento no número de pontos de atendimento a alunos, a instituição passará a contar com 263 polos. O investimento na expansão é calculado em R$ 40 milhões e será realizado nos próximos 12 meses. No momento, a Unicesumar está investindo também em novos câmpus em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Guarapuava e Arapongas, que consumirão R$ 180 milhões em investimento. Atualmente, a empresa tem 80 mil alunos, sendo 65 mil do ensino a distância.
Esic
A Esic Internacional, instituição de ensino espanhola que tem unidade em Curitiba, fechou uma parceria com o Instituto São Judas Tadeu para levar seus cursos para São Paulo. Serão oferecidas, a partir do segundo semestre deste ano, todas as pós-graduações, além dos programas de educação executiva, e módulos de ensino no exterior. A gestão acadêmica será feita a partir da sede em Curitiba. O modelo de negócio deve ser levado a outros estados do Sul até 2018.
Embrasil
O grupo Embrasil, empresa paranaense especializada em segurança patrimonial e serviços de apoio patrimonial, acertou na última semana a compra da também curitibana Elo Serviços de Segurança e Vigilância. Com o negócio, a Embrasil amplia seu foco em segurança, acumulando uma carteira de 5 mil clientes – a empresa atua em cinco estados. O grupo Elo, por sua vez, vai concentrar suas atividades no segmento de serviços de apoio.
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