É curioso como o cenário político-econômico está tão confuso que não sabemos dizer se a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é boa ou ruim. O que vamos ver nas próximas semanas é que o governo continuará alheio às demandas da economia real, apesar da pressão pelo impeachment.
INFOGRÁFICO: Acompanhe a alta do déficit do governo nos últimos 10 anos
O que precisamos avaliar agora são as chances de o Congresso, no ano que vem, se comprometer com uma agenda mínima de ajuste fiscal e reformas. O parlamento será o mesmo, enrolado com as investigações da Lava Jato e com seus compromissos setoriais. O que pode mudar é o presidente.
Em uma hipótese, Dilma sairia um pouco fortalecida, mas sem o ímpeto de liderar uma reforma profunda. Ela demonstrou estar em conflito no encaminhamento de cortes em benefícios previdenciários, por exemplo.
A alternativa de um governo de Michel Temer não traz muita luz. Apesar de ter apresentado uma agenda modernizante, o PMDB não sairá mais unido da crise política e pode enfrentar o mesmo tipo de conflito interno que viveu o PT nos últimos anos. É pouco provável que a oposição, de olho em 2018, ajude o lado que vencer a disputa.
Isso significa que, se o impeachment não é ruim para a economia (afinal, ela vai piorar de qualquer maneira), nada garante que haverá ganhos no longo prazo sem uma alteração nos compromissos da classe política. Encarar de frente o fato de o Estado ser caro e disfuncional não está na agenda agora e não estará durante o processo de impeachment.
Copel
O conselho de administração da Copel aprovou a renovação do contrato de concessão de sua área de distribuição. Serão mais 30 anos atendendo o seu mercado cativo no Paraná. Se a renovação sem licitação não aumentou a competição no setor, pelo menos trouxe um alento para os consumidores através de metas mais ambiciosas de qualidade no serviço prestado. Em cinco anos é esperada uma queda de 27% no índice que mede a duração das interrupções de fornecimento e de 21% na frequência dos cortes.
Montadoras
A crise está provocando mudanças profundas no mercado automotivo. O Ônix, da GM, desbancou o Fiat Palio na liderança de vendas. E em novembro o Hyundai HB20 foi o segundo mais vendido. A GM assumiu a liderança no segmento de automóveis – na somatória de automóveis e comerciais leves, a Fiat ainda está na frente. A coreana Hyundai também cresceu, e já está perto de 10% do mercado de automóveis, um ponto percentual abaixo da Ford. Outras marcas asiáticas, como Honda e Toyota, também ganharam mercado.
Esalflores
A curitibana Esalflores está entrando no mercado de São Paulo com sua primeira loja física. Será uma unidade no Aeroporto de Congonhas, a terceira da marca, que tem dois pontos de venda em Curitiba. O crescimento da empresa, que espera vendas 20% maiores neste ano, também conta com a multiplicação das vending machines de flores. A primeira foi instalada no Aeroporto Afonso Pena há cerca de seis meses e em pouco tempo a companhia já chegou a dez máquinas em diversas cidades.
Ecobike
Criada há quatro anos em Curitiba, a empresa de entregas rápidas Ecobike Courier quer expandir suas franquias para chegar a até 85 unidades no país em 2019 e atingir um faturamento de R$ 16 milhões no mesmo ano – hoje, as bikes estão presentes em Curitiba, Campinas, Cascavel, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O investimento médio na franquia fica próximo de R$ 60 mil. A Ecobike, fundada por Cristian Trentin, encontrou no setor corporativo seu principal filão. Entre os clientes estão grandes empresas como Natura, Boticário, Unimed, BRMalls e as livrarias Cultura e Saraiva.