O realismo tarifário ainda não mostrou todas as suas garras. O estrago no setor de energia elétrica provocado pelo governo foi tamanho que há contas bilionárias com destino incerto. E geralmente quando isso ocorre é o consumidor que paga a conta.
Uma das contas em aberto é a indenização devida às transmissoras de energia elétrica que tiveram a renovação das concessões. Elas têm direito a receber por investimentos feitos antes de 2000 e que ainda não haviam sido amortizados. O cálculo que circula no mercado é de R$ 20 bilhões.
Um novo problema apareceu na última semana. O governo não sabe ainda quem vai pagar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) no ano que vem. Ela custeia subsídios, entre eles para a eletrificação rural, e nos últimos dois anos foi paga pelo governo federal. O custo vai voltar para as tarifas.
Ainda não entraram na tarifa os empréstimos feitos por distribuidoras nos últimos anos para pagar pela energia caríssima do mercado à vista. Elas foram obrigadas a cobrar menos quando estavam sem contratos de fornecimento e o custo bilionário será parcelado nos próximos cinco anos. E há pressão agora das geradoras – que não têm água nos reservatórios e precisam entregar energia ao custo que for, para honrar seus contratos – para que haja algum tipo de apoio. Mesmo se o governo não ceder, a energia que será negociada no mercado terá preços mais altos por um bom tempo.
Não veio até agora nenhuma proposta, além do realismo tarifário, para uma solução de longo prazo para a crise energética. O governo conta com o consumo menor, chuvas melhores e a distribuição a preços módicos da energia das concessões que estão vencendo para conter o problema. Não será suficiente para garantir oferta a preços decentes no futuro.
Consumo
As vendas do varejo caíram 3,1% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro bimestre, a queda acumulada é de 1,2%.
Termelétricas
Vários projetos de termelétricas devem sair do papel nos próximos anos. As geradoras estão apostando em contratos de importação de gás natural liquefeito.
Brafer
A Brafer, empresa de construções metálicas com sede em Araucária, conseguiu elevar em praticamente 50% seu lucro no ano passado. O resultado consolidado saltou de R$ 47 milhões em 2013 para R$ 63,5 milhões. Boa parte do crescimento é explicada por uma redução de custos – o faturamento cresceu de R$ 393 milhões para R$ 401 milhões, enquanto os custos dos produtos vendidos caíram de R$ 264 milhões para R$ 246 milhões, segundo o balanço da companhia, que é beneficiada pelo cenário de queda nos preços das commodities metálicas.
Famiglia Zanlorenzi
O grupo Famiglia Zanlorenzi ultrapassou no ano passado a barreira dos R$ 100 milhões de faturamento e projeta um crescimento de 23% para 2015. A expectativa se baseia no novo posicionamento da empresa, conhecida pelas suas atividades como vinícola e que vem aumentando seus investimentos em outros segmentos, como sucos e bebidas funcionais.
Hi Technologies
A empresa curitibana Hi Technologies assinou na última semana sua graduação. Ela estava incubada no Intec, incubadora do Tecpar, e agora parte para a vida solo. Produtora de equipamentos médicos, a Hi se destacou pela inovação em seus projetos. Um deles, um oxímetro de pulso chamado Milli, foi responsável pela consolidação da empresa no mercado de saúde. A nova sede será em um campus na CIC.
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