Para se tornar global, uma empresa precisa oferecer soluções que funcionem no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Mais que isso, precisa inovar. Isso significa criar novos produtos e investir para que se torne mais inovador o ambiente em que a companhia está inserida. Essa é a visão de Laércio Cosentino, presidente da Totvs (lê-se Totus), que esteve em Curitiba para participar de evento da Câmara Americana de Comércio (Amcham).
A Totvs é a maior empresa de software do Brasil e a sexta do mundo, com 55,4% de market share no país e 35% na América Latina. A companhia atua em 23 países, com mais de 26 mil clientes na carteira.
O braço de investimentos em novas empresas, Totvs Venture, já realizou 50 operações de fusão e aquisição e três aportes em startups mais de R$ 50 milhões em investimentos só nas empresas em estágio inicial.
De acordo com Cosentino, essa e outras estratégias colocam a empresa em sua quinta fase: a de reconhecimento global. O presidente da empresa conversou com o repórter João Pedro Schonarth.
Qual o mercado que mais interessa à empresa neste momento?
No nosso caso, focamos na América Latina para expandir. Para nós, ser global é desenvolver soluções que nos tornem a melhor opção para estrangeiros que queiram investir no Brasil e para os brasileiros que querem internacionalizar seus negócios.
O que falta aos empresários brasileiros para elevar suas companhias a um patamar competitivo?
Uma das características das empresas brasileiras é olhar só para dentro do país, porque temos um mercado consumidor muito grande. Empresários de países menores, como Israel e Coreia do Sul, por exemplo, já nascem com uma visão global e já começam preparados para se desenvolverem em todo o mundo.
É mais fácil para uma empresa de TI nascer global?
Uma empresa de TI tem a tendência de nascer global, pois consegue conversar com quem está do outro lado do mundo. O desafio é desenvolver soluções que funcionem em qualquer lugar.
A Totvs Venture tem investido muito em startups. Qual a estratégia?
Estamos tentando consolidar um ambiente de inovação junto a novas empresas do ramo de tecnologia. Já realizamos 50 operações de fusões e aquisições e fizemos três aportes em três startups.
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No maior mercado do país
A GVT fincou pé no mercado residencial paulistano nessa semana, com autorização da prefeitura para fornecer serviços de internet, TV por assinatura e telefonia fixa nos bairros de Santana, Tatuapé, Santo Amaro e Pinheiros. O investimento inicial é de R$ 400 milhões na construção da rede baseada em fibra óptica. A empresa já atuava em São Paulo desde 2004, mas com operação restrita a grandes empresas.
Com sede em Curitiba, a GVT mantém call centers com cerca de 5 mil colaboradores diretos, avaliados pela resolução das solicitações dos clientes no primeiro contato. Os serviços de instalação e manutenção também são realizados por 6,5 mil equipes próprias.
Previsão para o melhor vinho
Se depender da previsão do tempo, está garantida a qualidade dos jovens vinhos produzidos aos pés da Serra do Mar pela Vinícola Araucária. A empresa, que elabora o espumante Poty e o tinto fino Angustifólia, instalou uma estação meteorológica digital em sua sede, em São José dos Pinhais.
A estação monitora temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, velocidade e direção dos ventos, e as precipitações no vinhedo, gerando um banco de informações climáticas que servem de apoio às decisões da equipe de engenheiros agrônomos e enólogos.
A vinícola recebe visitas agendadas pelo site www.vinicolaaraucaria.com.br aos sábados, das 9 às 16 horas.
Competitividade na pauta
O 4.º Congresso Moveleiro já está recebendo inscrições para os seminários que será realizados entre os dias 25 e 26 de setembro, na capital, abordando o tema competitividade. A promoção é da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que confirmou a presença de palestrantes como James Woodcock, gerente operacional da International Synergies Limited; Manuel Saez, da Oppa Design; Sara Albrecht, jornalista e analista de relações internacionais; e Suzana de Medeiros Fontenelle, estrategista de marcas brasileiras no Mercosul.
As inscrições custam um quilo de alimento não perecível e podem ser feitas pelo www.congressomoveleiro.org.br.
Café na bolsa
Já ouviu falar em café para comer? O Coffee Beans é apresentado em forma de grãos e moedas e está na rede de supermercados Festval em Curitiba. Foi criado pela empresa SPA, do Espírito Santo, para o mercado da confeitaria. A empresa diz que é inédito na gastronomia mundial e que está marcando a história por permitir que o café deixe de ser commodity.
17 milhões de brasileiros já compraram peças de vestuário pela internet e 89% deles afirmam que repetiriam a experiência, segundo pesquisa do instituto Data Popular feita no primeiro semestre.