A presidente Dilma Rousseff subiu na burocracia de Brasília com a imagem de gerentona que colocou o setor de energia nos eixos. Era uma espécie de "engenheira", ou o chamado "perfil técnico" da vida política. O apagão da última semana foi o golpe final em uma imagem que foi desconstruída pela Dilma presidente.
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O governo federal dizia ter encontrado uma fórmula para baixar o preço da energia elétrica no Brasil. Bastava renovar concessões, com preços menores e a diferença paga pelo Tesouro. Em outras palavras, o populismo seria bancado pelo contribuinte. A ideia seria válida em um país de impostos justos, ou que tivesse energia sobrando, onde o estímulo ao investimento fosse desnecessário.
Não faltou energia antes no Brasil por dois motivos: a crise energética de 2001 fez com que o consumo caísse à força e obrigou a contratação de dezenas de termelétricas; a recessão de 2002 também segurou o consumo. Desde então, o governo aceitou como bom o remendo das térmicas (caras, para acionamento eventual) e apostou todas as fichas nos grandes projetos de usinas hidrelétricas, que os investidores privados só aceitam se for com o BNDES.
Ao dar o sinal errado, de preços menores, em vez de preços maiores em um momento de oferta apertada, o governo estimulou o consumo e ignorou o fato de que o sistema não estava pronto para assumir uma expansão de demanda sem riscos. Não havia plano alternativo às grandes hidrelétricas. E os planos de longo prazo, embora tragam mais usinas térmicas e pretendam incorporar mais eólicas, ainda se baseiam em usinas na Amazônia. Os apagões foram uma escolha de um governo que tomou decisões equivocadas e não quis assumir o custo de contar a verdade ao eleitor.
Inflação
Que o ajuste fiscal vai sair caro, já sabemos. Mas é duro pensar que há uma perda invisível na seguinte pergunta: o que seria do país neste momento se as contas públicas estivessem em ordem? Provavelmente o Brasil poderia aproveitar a queda nos preços das commodities e tendência global de deflação para fechar o ano com a inflação abaixo da meta, juros baixos e um crescimento dentro de seu potencial, uns 3% ao ano. Subimos os juros quando a inflação no mundo todo cai.
Bematech
Um fundo da Pátria Investimentos decidiu aumentar suas apostas nas ações da Bematech no começo do ano. Foram compradas 950 mil ações da companhia curitibana para compor o Pátria Pipe Master FIA. Com isso, o fundo passou a ter mais de 3 milhões de papéis da Bematech, ou 6,17% do capital da empresa. Em comunicado ao mercado, a Pátria informou que não tem a intenção de alterar a estrutura de controle ou de administração da Bematech.
Cold Stone
A Cold Stone Creamery mais do que dobrou seu faturamento no ano passado nas cinco lojas instaladas em Curitiba e São Paulo. A receita passou de R$ 2,2 milhões em 2013 para R$ 5,7 milhões em 2014. Para 2015, a previsão é de um crescimento de 30%. Nesta semana será aberta a segunda loja em São Paulo, e em março a marca começa a franquear novas unidades.
UAB Motors
O grupo de concessionárias UAB Motors, que em Curitiba tem sete unidades das bandeiras Euro Import e AR Motors, mantém um convênio com a universidade norte-americana de Harvard, sendo um dos 156 Parceiros Globais de Campo da Harvard Business School. Na primeira semana do ano, a empresa recebeu em São Paulo seis estudantes da universidade como parte do programa Experiência de Imersão no Campo para Desenvolvimento de Liderança. Nesse projeto, os estudantes apresentam ideias, fazem pesquisas e apresentam recomendações aos gestores.
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