A queda relâmpago do senador Romero Jucá do posto de ministro do Planejamento é uma lembrança providencial sobre como o sistema político em frangalhos é um obstáculo que precisa ser superado pelo país. As duas primeiras semanas do governo Michel Temer mostram que ele será gradualista na economia, o que tem seu lado bom, e um conservador na política.
Temer perdeu a chance de fazer um ministério sem acusações de corrupção. Talvez fosse esperar demais algo melhor do que foi apresentado à nação como o ministério de notáveis. Por trás da escolha de nomes está o fato de que não há mudança em vista no nosso sistema político, que continuará inapto para conduzir as soluções de que o país precisa.
Em alta
O blockchain, técnica de criptografia usada, por exemplo, na troca de bitcoins, está pronto para chegar à economia real, segundo um relatório publicado pelo bando Goldaman Sachs.
Em baixa
Sai na quarta-feira o resultado do PIB do primeiro trimestre. Ele será negativo e as estimativas é de que a queda tenha sido de cerca de 1%, na comparação com o último trimestre de 2015.
Os efeitos da manutenção do status político, com a velha acomodação de interesses, virão com os “jabutis” de sempre que passarão com as medidas econômicas, a troca de favores e o custo do loteamento do segundo escalão da máquina. Ter uma equipe econômica de primeira linha e com certa autonomia de trabalho é condição para a estabilização do país, só que não é suficiente para dar ao Brasil um horizonte de desenvolvimento.
Um governo interino poderia aproveitar o fato de não se preocupar com a próxima eleição (pelo menos no discurso) para garantir que o processo político a partir de 2018 entregue mais ao país. A classe política que Jucá entende ser perseguida pela Lava Jato se isolou do mundo real e criou uma versão de país que serve a seus interesses. Ao não propor nada para que a classe política aprenda que serve à população, o governo Temer se rende à ideia de que bastam algumas reformas econômicas. No longo prazo, elas precisarão da sustentação de reformas políticas.
Tecpar
A Incubadora do Tecpar realiza na sexta-feira (3) um workshop sobre tendências na área de tecnologia. O debate contará com a participação de Rawlinson Terabuio, cofundador e diretor de marketing da Beenoculus, Tiago Cardoso, diretor de Negócios da Gartner Group, e o editor do Núcleo de Inteligência Artificial da Gazeta do Povo Rafael Waltrick. O bate-papo começa às 13 horas e as inscrições podem ser feitas pelo site migre.me/tSJw5.
CEO Summit
Nomes de peso do empreendedorismo, como o fundador da Gazin, Mario Gazin, e o fundador da startup Conta Azul Vinicius Roveda estarão no próximo CEO Summit. O evento é organizado pela Endeavor, entidade voltada para o incentivo ao empreendedorismo, e tem como meta o compartilhamento de experiência entre quem resolveu empreender. O CEO Summit será na quinta-feira (2) a partir das 18h30, no Teatro Positivo. Mais informações no site endeavor.org.br/eventos/ceo-summit-pr.
Comfrio
A operadora de logística de produtos com controle de temperatura Comfrio-Stock Tech inaugurou um novo centro de distribuição em Londrina, Norte do Paraná. A estrutura de 15 mil m² recebeu investimentos de R$ 9 milhões e tem capacidade para movimentar 10 mil toneladas de sementes e 1,5 mil toneladas de agroquímicos por mês. O investimento faz parte de um pacote de R$ 50 milhões aplicados em 2015 e 2016.
John Deere
A norte-americana John Deere anunciou um investimento de R$ 80 milhões para nacionalizar a produção de tratores de esteira, usados na construção e agricultura, dois mercados nos quais o Paraná é um dos maiores compradores de equipamentos – atualmente o estado é o terceiro mais importante mercado no setor de equipamentos de construção, segundo a companhia. O investimento será usado na expansão da fábrica da montadora em Indaiatuba (SP) e os três novos modelos de máquinas devem chegar ao mercado em 2018.
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