Não são de hoje os boatos de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vai cair. Ele tem a antipatia das alas lulianas do PT, passou por constrangimento em uma queda de braço com seu colega do Planejamento, Nelson Barbosa, e em vários momentos pareceu não ter o apoio da presidente Dilma Rousseff. Levy, que já era um estranho no ninho no início do governo, está à beira de ser o estranho culpado pelas mazelas da economia.
INFOGRÁFICO: Acompanhe o aumento da inadimplência das famílias
Por trás dessa pressão para a saída de Levy está o fato de que o tempo da política nunca ficou tão distante do tempo da economia. No fim do ano passado, já estava claro que o país precisava passar por um ajuste fiscal forte, doloroso e rápido. Era o caminho para desatar os nós de anos de subsídios, pedaladas e afins. O Estado deixou de caber no PIB, com todos os efeitos conhecidos: dívida crescente, inflação alta, recessão. O diagnóstico continua o mesmo (apesar de uma ou outra tese heterodoxa que apareceram nos últimos tempos), mas com agravantes. O tempo da inércia política deixou a economia em situação pior.
Quase tudo que foi proposto há um mês como ajuste para o próximo ano não deve sair do papel. Hoje ninguém arrisca quando, ou se, a CPMF será aprovada. Reformas mais densas, então, nem pensar. E continua a resistência a cortes mais profundos no gasto (“na carne”, dizem). O trabalho da Fazenda se tornou refém de uma disputa pela sobrevivência política que fez de Brasília um universo paralelo.
O país continua carregando as contas assumidas nos últimos quatro anos, como os bilionários subsídios ao crédito do BNDES e crédito agrícola, que estão desandando em uma nova investigação de pedalada fiscal. Os gastos continuam não cabendo na receita. E não existe mais um fiador para garantir que será feita a coisa certa. Sim, existe a coisa certa a fazer, mas o mundo político não dá a mínima.
Igualdade
Um estudo da consultoria McKinsey calculou os efeitos econômicos se houvesse um avanço na igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. O resultado surpreende: seriam adicionados US$ 12 trilhões ao PIB global. No Brasil, o melhor cenário, com as mulheres ocupando uma parcela do mercado de trabalho proporcional à população e com o aproveitamento máximo de seu potencial, o PIB teria um aumento de 30%.
Link
A empresa de rastreamento de veículos Link Monitoramento deve fechar o ano com um crescimento de 20% no faturamento e a inclusão de seis novos franqueados em sua rede. Um deles fica no Nordeste, região que virou prioridade para o crescimento da companhia. Já são sete franqueados na região e a intenção é aumentar a rede a partir da participação na Feira ABF Nordeste, no início de novembro.
PR Banco
O Paraná Banco anunciou mais um programa de recompra de ações, desta vez para adquirir até 2,7 milhões de papéis que estão nas mãos de investidores. É o segundo programa do ano – o primeiro, lançado em março, levou à compra de 2,1 milhões de ações, canceladas pela companhia. Programas como esse são comuns em momentos de volatilidade do mercado, quando muitas empresas veem que o valor das ações não reflete sua rentabilidade.
Paraná
Um estudo do Santander sobre o desempenho das economias dos estados projeta uma retração de 1,7% para a economia do Paraná neste ano. É o terceiro menor porcentual do país, segundo o banco. A maior retração está ocorrendo em Pernambuco (-4%). Para o Brasil, a projeção é uma retração de 2,8%.
SAP
A Asug, associação de usuários de SAP, promove um treinamento em Curitiba no dia 20, no Pestana. Entre os palestrantes, profissionais da FH, da Thomson Reuters e da Vistex. Informações no site.