Das declarações pós-rebaixamento que vieram do governo, a mais interessante foi a do ministro Joaquim Levy, que conta com a compreensão da população para uma alta de impostos. Acreditar nisso depois de o governo ter escondido o tamanho do problema fiscal por três anos, é otimismo demais. Ou uma ironia, no meio do escândalo de corrupção que o país atravessa.

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Em alta

Dólar

Já tem gente no mercado prevendo que o dólar vai passar dos R$ 4, atingindo sua máxima histórica. Os fatores para isso ocorrer estão na rua: rebaixamento da nota de crédito, alta dos juros nos EUA e déficit fiscal no Brasil.

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Desde o fim do ano passado, o governo foi pouco convincente em mostrar que tinha um rumo para o ajuste. Por algum tempo parecia que a ideia era mesmo de uma reforma profunda para acabar com benefícios que distorcem a gestão da economia. Mas isso ficou pelo caminho, com uma ou outra mudança feita pela metade. O país continua com coisas inexplicáveis e caras, como o abono salarial, os subsídios ao crédito do BNDES e para o setor agrícola.

em baixa

Meta de inflação

O esforço do Banco Central feito até agora para levar a inflação para a meta de 4,5% até o fim de 2016 surtiu efeito limitado. O mercado acredita que esse número só será atingido em 2018. Mesmo com recessão, a inércia inflacionária é resistente.

O tempo passou e o discurso ficou cada vez mais centrado na alta de impostos. É fato que o Brasil precisa rever sua estrutura tributária – o sistema penaliza os mais pobres e a classe média, tem custo elevado de manutenção para as empresas etc. –, mas não é disso que se trata. O que se quer é um remendo para os tais 0,7% do PIB de superávit primário. Com todas as distorções que restam, não vai resolver fechar as contas de 2016.

O plano de voo precisa levar o país para algum lugar. O ideal seria um projeto de reformas para reduzir os custos das empresas, aumentar a competição e a abertura da economia, acelerar a melhoria da educação e a adoção de métricas mais eficientes para se controlar o gasto público. Dizemos de forma cega que os gastos ditos sociais não podem ser cortados, sem saber seus resultados. A urgência do orçamento deixou o debate medíocre.

Copel

A Copel está entre as distribuidoras beneficiadas pela decisão do Tribunal de Contas da União que autoriza o governo a renovar a concessão das transmissoras por mais 30 anos sem licitação. Sem a decisão, havia o risco de as áreas concedidas terem de ser licitadas. Para as distribuidoras, isso poderia custar até a saída do mercado. Na quinta-feira, quando o mercado absorvia o impacto do rebaixamento da nota de crédito do Brasil, as ações da Copel subiram mais de 6%.

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Talken

Sócio da rede de escolas de inglês Phil Young’s há mais de 25 anos, Magdal Frigotto decidiu investir em uma marca própria, a Talken English School. A estrutura será formada por quatro das oito unidades que faziam parte da Phil e que ficaram com o empreendedor após a dissolução da sociedade –três em Curitiba e uma em Joinville. A metodologia de ensino continua a mesma.

Comércio

No segundo trimestre, o comércio dos países do G7 e dos Brics caiu. As exportações tiveram recuo de 0,9%, e as importações de 1,2%. Segundo a OCDE, o recuo foi marcante na China (queda de 3,5% nas exportações) e no Japão (-4,4%). O cenário de desaceleração no comércio global reforça a tese de freada forte na economia chinesa e dificulta a saída para a crise brasileira via exportações.

Inepar

A Inepar Telecomunicações marcou para o dia 25 uma assembleia na qual será trocado o conselho de administração e será aprovada a mudança do nome da empresa para Atom Participações, uma firma especializada em day trade, segundo seu site. O braço de telecomunicações da Inepar, que está em recuperação judicial, foi vendido em dezembro do ano passado para a WHPW Participações, uma companhia de investimentos. Agora ela está mudando de nome e a sede irá de Curitiba para Sorocaba, onde fica o escritório da Atom.

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