Em alta
Protecionismo
A Organização Mundial do Comércio (OMC) chamou a atenção para o crescimento das barreiras comerciais: foram 112 somente de novembro a maio.
Em baixa
Argentina
A decisão da Justiça dos EUA que ordena o pagamento de títulos da dívida argentina ameaça estragar todo o plano de reesturutração da dívida feito nos últimos anos.
A inflação acumulada em 12 meses deve chegar a 6,5% em junho ou julho. Se fosse a primeira vez em tempos, poderíamos entender que a margem de dois pontos sobre a meta de 4,5% ao ano está sendo usada para absorver algum choque de preços. Não há choque, porém. Faz três anos que a inflação está incomodando e ela hoje esconde elevações de preços bem maiores do que a média (serviços, por exemplo). Números de um cenário de "estagflação", aquele momento em que os preços sobem mesmo com uma economia que não cresce.
INFOGRÁFICO: Veja os índices de fluxo de caminhões no Paraná
Dizer que o país está em "estagflação" é ainda um exagero, embora o número cheio do IPCA esteja artificialmente baixo por causa das políticas públicas nas áreas de combustíveis, energia e transportes. Mas vai se tornando uma boa hipótese quando o tomate passa dos R$ 7 o quilo e não há crescimento. Picuinha olhar para o preço do tomate? Então podemos fazer um outro exercício: escolher um produto ou serviço qualquer na lista apurada pelo IBGE (fora os controlados pelo governo). A chance de ele ter subido mais do que 6,5% no último ano beira os 60%.
A tolerância com a inflação reduziu a confiança na economia e o crescimento, diluiu os ganhos salariais dos últimos anos, mudou o cenário político e levou ao lixo a tese de que é preciso tolerar mais inflação para que o Brasil supere seus gargalos produtivos: com o aumento de preços, os empresários investiriam mais para produzir e dar conta da demanda. Ouvi essa tese há alguns anos de um economista que fez parte do círculo econômico do governo Dilma. Prevaleceu uma ideia ultrapassada, que ignora o fato de que a inflação corrói o poder de compra.
Fracking
O movimento contra o uso do fracking, o fraturamento hidráulico, na extração de óleo e gás lembra muito o tempo em que o Paraná era o único estado contra o plantio de transgênicos no país. Há até projeto de lei para congelar as perfurações de poços por cinco anos. Como ainda sabemos pouco sobre a viabilidade do uso do fracking no estado, o efeito da lei seria que continuaríamos sem saber sobre seu potencial ou possíveis danos.
Na mesma
O indicador conjuntural apurado pela Fecomércio-PR mostra que as vendas do setor varejista cresceram 4,38% em abril, na comparação com março. Parece bom, mas nem tanto. As vendas praticamente estagnaram na comparação com abril do ano passado alta de só 0,13%. E as primeiras notícias sobre o resultado no dia dos namorados não são boas.
Sascar
A francesa Michelin vai comprar por R$ 1,3 bilhão a Sascar, empresa de origem paranaense especializada em monitoramento e gestão de frotas. A companhia pertencia ao grupo paranaense Negresco e tinha sede em São José dos Pinhais. Em 2009, teve parte vendida para a GRV Solutions e, em seguida, outra parte para a JCR. Em 2011, o controle foi assumido, por R$ 168 milhões, pelo GP Investimentos, que agora decidiu realizar o lucro da operação.
Novo cais
O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) inaugura na próxima quarta-feira seu novo cais, completando um projeto de R$ 370 milhões que elevou a capacidade de movimentação para 1,5 milhão de TEUs por ano.
Sem a Espanha
O setor hoteleiro de Curitiba foi um dos que menos se beneficiaram entre as cidades-sede. Segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), a taxa de reserva para o período da Copa era de 64% na cidade, a segunda menor do país. Com a desclassificação da Espanha, o mês será um pouco pior do que o esperado. Equipes de jornalistas e de apoio à seleção espanhola não terão razão para continuar na cidade.
Apesar do fiasco espanhol atrapalhar o desempenho do setor, o FOHB avalia que Curitiba é uma das poucas cidades-sede com uma relação de oferta e demanda saudável no médio prazo. A projeção é de ocupação média de 73% em 2015 nos hotéis de categoria econômica e de 69% no setor "midscale", considerada adequada para os segmentos.
Dê sua opinião
O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.
Deixe sua opinião