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O ajuste do ajuste

O plano A do governo para colocar a economia em ordem não deu certo. O que era para ser um ajuste fiscal rápido para reduzir o crescimento da dívida pública, antes que uma recessão profunda tomasse conta do país, se tornou um círculo vicioso. A queda da receita está jogando o ajuste cada vez mais para a frente e o governo apenas reconheceu que não consegue fazer nada melhor do que acabar com o déficit primário que vimos em 2014.

GRÁFICO DA SEMANA: pesquisa mostra valor dos subsídios a combustíveis fósseis em vários países

Ao rever a meta e prometer um ajuste até o fim do governo, a equipe econômica assumiu o risco real de ver a nota de crédito do Brasil rebaixada para trás da linha de “bom pagador”. Em troca, não precisa fazer mais cortes e aumentar impostos que poderiam aprofundar a recessão. A decisão tem um grande componente de “achismo”, já que não é possível prever se o rebaixamento vai trazer algum tipo de tormenta aos mercados financeiros, nem se cumprir a meta inicial traria mais recessão.

O governo apenas reconheceu que não tem força para fazer mudanças mais profundas no gasto público. Ajuste fiscal durante recessões é uma das pílulas mais indigestas da economia. Assim, faz até sentido não embarcar em cortes mais profundos na esperança de que haja crescimento econômico a partir de algum ponto em 2016. A bola agora está com o Banco Central, que vai subir mais os juros para conter a inflação – o ciclo de aperto está perto do fim também porque a recessão não precisa de mais um empurrão para segurar os preços em 2016.

Só resta ao país torcer para que a perda do grau de investimento “esteja no preço” e que o país espere sem grandes emoções por 2016. O ano em que não vamos crescer, mas que pelo menos será melhor do que 2015.

Consult

A empresa de auditoria e consultoria americana Crowe Horwath International se associou à curitibana Consult, aumentando sua presença no território brasileiro. A Consult, embora tenha atuação nacional, tem presença mais forte nos três estados do Sul. A Crowe Howarth tem membros filiados no Rio de Janeiro e São Paulo, e se apresenta como uma alternativa às grandes do setor de auditoria, conhecidas como “big four”. Presente em 120 países, a Crowe é a nona no ranking internacional do setor.

Compagás

A decisão da Petrobras de vender 49% da Gaspetro, sua empresa de distribuição de gás, pode trazer um novo sócio, mesmo que de forma indireta. A estatal quer fazer caixa trazendo um sócio privado para sua subsidiária, que tem participação em 19 distribuidoras estaduais de gás, entre elas está a paranaense Compagás. A participação da Gaspetro é de 24,5%, enquanto a japonesa Mitsui tem participação igual e a Copel tem 51%. A Mitsui, aliás, é uma das maiores interessadas na fatia que a Petrobras está colocando à venda.

Eletrônicos

Se você tinha dúvidas de que o Brasil é uma ilha, aí vai uma prova. Na última semana, 80 países chegaram a um acordo para reduzir as tarifas impostas ao comércio internacional de produtos eletrônicos. Os benefícios para os consumidores são óbvios, com preços mais baixos e acesso a produtos que podem elevar rapidamente sua produtividade e bem estar. Mas o governo brasileiro não vê vantagem em comprar eletrônicos melhores e mais baratos e em ter acesso a outros mercados. Prefere proteger o pouco que há de indústria nacional no setor.

Los Paleteros

A rede paranaense de paleterias Los Paleteros chegou à marca de 100 unidades. O número foi alcançado com a abertura da décima unidade no Rio de Janeiro. Com a expansão do sistema de franquias, a marca quer chegar a 150 unidades no fim deste ano. No ano passado, o faturamento da companhia foi de R$ 70 milhões.

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