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O que Lemann faria?

O Congresso deveria pedir conselhos ao brasileiro mais rico, Jorge Paulo Lemann. Aprenderia uma ou duas lições sobre gestão que viriam bem a calhar no momento. O mantra das empresas geridas por Lemann (com Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, para ser justo) é reduzir custos e gastar no essencial. Não é folclore que os executivos da Ambev não usam o celular da empresa para falar com a família quando estão longe de casa, depois de viajarem na classe econômica.

Na quinta-feira, o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse que o orçamento no Brasil precisava ser de “base zero”, sem as vinculações como o atual. Orçamento base zero é o pilar da gestão do trio da AB Inbev, Burger King e Kraft Heinz. Todos os anos, essas empresas projetam o que elas precisam gastar como se não houvesse histórico algum. A ideia é não usar a inércia para decidir quanto e onde gastar, mas sim o interesse dos negócios.

O orçamento brasileiro é o contrário. Ele vem já com 90% dos gastos carimbados. A maioria pela Constituição e suas destinações mínimas. Do ponto de vista de gestão, é ruim. Mas fica pior quando o Congresso aprova coisas como o Plano Nacional de Educação, que prevê 10% do PIB em gastos educacionais. Mais do que gasta qualquer país que avançou no setor. Nosso problema não é dinheiro, mas gestão.

Pagamos por coisas que não fazem sentido, como o abono salarial (R$ 20 bilhões), e por outras que nem sabemos quanto custam (qual o gasto real do governo com cada aluno? Aquele gasto que realmente chega na sala de aula?). Não existe CPMF que resolva a forma como nosso orçamento é feito. Mas a discussão parou em alguns cortes no gasto com funcionalismo e outras mixarias.

Rodriaço

A fabricante de cozinhas industriais paranaense Rodriaço fechou a aquisição da Refrigeração Ourofrio. Foi uma transação familiar, entre Reginaldo Vieira e o neto Rodrigo Vieira Tavares, diretor da Rodriaço. As duas marcas vão continuar no mercado, mas as empresas devem ganhar com as sinergias dos dois negócios – a Ourofrio também é especializada no atendimento de restaurantes e refeitórios. Para este ano, a Rodriaço espera um crescimento de 23% em 2015 – a receita líquida no ano passado foi de R$ 28,2 milhões.

TCP

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) inaugurou na última semana sua nova base logística em São José dos Pinhais. A construção da estrutura com capacidade para 28,8 mil m³ faz parte de um pacote de R$ 20 milhões que incluía também uma base em Ponta Grossa, inaugurada no fim de 2012. O terminal servirá para que importadores e exportadores não precisem levar ou buscar as cargas em Paranaguá, usando os serviços da subsidiária TCP Log.

Sicredi

O sistema de cooperativas de crédito Sicredi fechou o primeiro semestre com um crescimento de 11% em seu resultado, que chegou a R$ 703 milhões nos seis primeiros anos de 2015. As receitas de intermediação financeira tiveram um salto de quase R$ 1 bilhão no período e atingiram R$ 3,9 bilhões em julho deste ano. O sistema, que tem 96 cooperativas, atingiu a marca de R$ 15 bilhões em patrimônio líquido.

Afonso Pena

Mais uma companhia de aviação que está expandindo sua rede de voos nos aeroportos brasileiros teve de deixar o Afonso Pena de lado. A panamenha Copa Airlines até pleiteou a licença de operação no terminal, que fica na Região Metropolitana de Curitiba, mas a pista curta impede os pousos e decolagens com motores cheios de combustível e o bagageiro lotado. A companhia usa aviões da Boeing, modelos 737-700 e 737-800, e tem seu principal hub na Cidade do Panamá, de onde partem voos para dezenas de destinos nas Américas.

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