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Uma “academia-laboratório”

 | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
(Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

A Fit for Free, academia holandesa com 60 unidades em quatro países europeus, inaugurou em Curitiba sua primeira unidade fora da Europa. Com investimento de R$ 1,5 milhão, a empresa quer se consolidar pela relação custo-benefício: com mensalidade a partir de R$ 29,90 já é possível se exercitar. A escolha pelo Brasil para ser o primeiro país das Américas no plano de expansão se deve ao gosto pessoal do holandês Dennis Zuydervliet (foto), sócio da Fit for Free. Curitiba foi escolhida em uma pesquisa entre cinco cidades brasileiras, e o bairro Portão abriga o "laboratório" brasileiro da rede. O holandês mora há um ano e meio na cidade e não tem planos de deixá-la tão cedo. Zuydervliet conversou com o repórter João Pedro Schonarth sobre a academia:

Por que Curitiba?

Primeiro tenho de dizer o motivo de vir para o Brasil: vim em uma viagem para cá e visitei muitas cidades. Gostei muito do país e percebi que aqui as pessoas gostam muito de malhar, há uma cultura da beleza muito forte, mas o número de pessoas que vai à academia é muito menor que na Europa. Não conhecia o Sul e percebi aqui que o curitibano é muito parecido com o europeu. O Portão é estratégico para nós, por ser um bairro que mescla classes sociais. Queremos estudar o público que vai frequentar a academia para conhecer melhor o cliente brasileiro.

A academia chegou com um marketing bastante forte, com anúncios em ônibus, oferecendo planos no valor de R$ 44,90, bem menos que muitos concorrentes. O que esperam com esse posicionamento?

Esse é o conceito da Fit for Free, oferecer ao cliente o custo-benefício, com pacotes que se adequem melhor a seus horários disponíveis e ao uso que ele quer fazer da academia. Fomos muito bem recebidos e temos espaço para aumentar os equipamentos para atender melhor os clientes. Viemos ao Brasil para crescer.

Qual é o plano de expansão da academia no país?

Abrimos a academia como um verdadeiro laboratório, queremos conhecer o mercado brasileiro. Queremos crescer no Brasil, mas ainda não temos um plano de expansão. Como e quando vamos expandir ainda está em estudo. Cabem muitas unidades aqui e não tenho previsão ainda de voltar para a Europa.

* * * * *

Que fase!

O governador do Rio de Janeiro já teve dias melhores. Em meio aos protestos contra seu governo, Sérgio Cabral acaba de perder um investimento dado como certo. A chinesa Foton Aumark, que em julho havia anunciado a construção de uma fábrica de caminhões no estado do Rio, voltou atrás e optou por Guaíba (RS).

Cabral tem o objetivo declarado de tornar o Rio de Janeiro o segundo maior polo automotivo do país, sonho que fica um pouco mais distante sem a Foton. Segundo a Anfavea, o Rio é o sexto maior fabricante de veículos, com 4,4% da produção nacional. São Paulo lidera o ranking, com 41,5%, seguido por Minas Gerais (25,2%), Paraná (15,4%), Rio Grande do Sul (6,1%) e Bahia (5,6%).

Enquanto a Foton começa a preparar terreno no Rio Grande do Sul, a holandesa DAF conta as semanas para começar a produzir caminhões no Paraná. A fábrica de Ponta Grossa (Campos Gerais) deve começar a operar em outubro.

Mate amargo

O preço da erva-mate ao produtor saltou 170% desde 2011, segundo reportagem do caderno Agronegócio, da Gazeta do Povo. Por consequência, a erva ficou mais cara para o consumidor. Para manter o ganho do ervateiro e aliviar o bolso de quem toma chimarrão, o Sindimate, do Rio Grande do Sul, vai a Brasília pedir isenção de PIS/Cofins, o que poderia baratear o pacote em até 5%.

A iniciativa é dos gaúchos, mas, se vingar, terá reflexos positivos no Paraná – o estado é o maior produtor nacional de erva-mate, com 330 mil toneladas ao ano. Mas não será fácil convencer o Planalto a abrir mão de arrecadação: mês passado, a presidente Dilma vetou essa desoneração, que havia sido incluída em uma medida provisória.

Economista do Ano

Luiz Antônio Fayet, consultor de logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi eleito Economista Paranaense do Ano pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-PR). Na categoria acadêmica, a vencedora foi a professora da UEM Marina Silva da Cunha. E o jornalista econômico do ano é Wilson Soler, âncora do Bom Dia Paraná, da RPC TV.

Concorrência faz bem

O aumento do número de estacionamentos na região do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, é uma prova do bem que faz a concorrência. Além do aumento nas opções de serviço para o usuário, o preço médio das diárias caiu. Um dos pioneiros no local, que chegou a pedir R$ 25 por pernoite, hoje cobra R$ 19,90. Dependendo da localização, a diária sai por R$ 13.

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