Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Capital humano

A importância de ser conhecido

Salete é uma designer brilhante e poderia ser uma das profissionais mais requisitadas pelo mercado, se soubesse vender a si mesma.

Ela formou-se em uma universidade na Inglaterra e concluiu um curso de pós-graduação extremamente requisitado e renomado, desta vez na Itália.

Quando retornou ao Brasil foi logo contratada por uma das maiores agências de publicidade do país. Porém, não foi o seu currículo impressionante e a quantidade de bons trabalhos que realizou no período acadêmico que lhe garantiram a vaga. O emprego veio com a indicação de uma amiga de infância, que já trabalhava na agência. Assim, iniciou sua trajetória profissional.

Na empresa, Salete era tratada com certo descaso, devido a sua personalidade tímida, quase apagada. Ela passava despercebida pelos corredores e transitava sem chamar a atenção de ninguém. Chegava e entrar e sair da agência, muitas vezes, sem trocar uma única palavra com os colegas de trabalho, pois mergulhava em seus afazeres e "enterrava" o rosto no computador, esquecendo-se do mundo.

Por isso, só era percebida por seu chefe direto, que vibrava com cada trabalho produzido por ela. "Salete", dizia ele, "você tem um talento único, raro até. Mas precisa saber explorar mais o seu lado social", recomendava o chefe com veemência. No entanto, ela ouvia e não conseguia superar o fato de não gostar muito de expor-se em público, ou de ter que desenvolver relações supérfluas no ambiente de trabalho.

Salete nunca era chamada para apresentar seus próprios projetos nas reuniões. Seu chefe direto defendia suas campanhas, ou delegava para que outro designer da equipe fizesse isso por ela. Assim, muitas vezes, a pessoa que apresentava o trabalho levava o crédito por ele, mesmo sem intenção.

Fora do ambiente de trabalho, sua insignificância era a mesma, pois ela nunca participava de reuniões de classe, ou dos eventos da empresa.

Assim, era tida como um fantasma, que era sempre mencionado por seus excelentes trabalhos, mas que jamais aparecia.

Certo dia, ao ser cogitada para a vaga de supervisora de arte da agência, Salete acreditou que seria a sua vez. Afinal, seu trabalho era mesmo bom e sua dedicação para com a empresa era maior ainda.

Mas a vaga foi oferecida a outro colega, com mais traquejo social e envolvimento em diversos grupos profissionais, como câmaras de comércio e associações de classe. O colega possuía, de fato, mais visibilidade do que Salete, não só dentro da empresa mas, também, no mercado.

Mesmo assim, ela não entendeu a escolha, pois sua produtividade no trabalho, bem como a qualidade dos materiais que desenvolvia eram superiores aos do colega.

Assim, quando soube da notícia questionou a escolha do colega ao seu superior. O que ouviu fez com que ela repensasse todo o seu posicionamento profissional.

"Salete, fico surpreso em saber que você teria interesse na promoção, pois você nunca demonstrou gostar de desafios, de exposição. Sempre achei que você fosse uma profissional competente e criativa, mas avessa ao sucesso!", justificou o chefe. Com a explicação, Salete calou-se e, a partir daquele momento, começou a repensar sua postura profissional.

Visibilidade e relacionamento não são vantagens somente dos profissionais falantes e expansivos. Saber "vender" a própria imagem para tornar-se uma pessoa conhecida é uma obrigação de todo o profissional que está batalhando por um espaço no mercado de trabalho. A concorrência acirrada e as exigências das organizações não permitem a existência de "pessoas invisíveis", que não assumem riscos, que não se expõem, que não divulgam seus diferenciais e feitos. Por isso aparecer – na medida certa – é fundamental para todo profissional que pretende ascender na carreira.

Saiba mais

Política e cidadania na prática

O Instituto BS Colway Social realiza, desde 2006, o projeto "Vila da Cidadania", que visa formar cidadãos conscientes e preparados para atuar futuramente na vida cívica. Participam do programa alunos com idades entre 7 e 10 anos da 1.ª a 4.ª série do ensino fundamental de Piraquara. A cada 15 dias, uma turma de estudantes marca presença na Vila da Cidadania, uma cidade em escalas adequadas ao tamanho das crianças e que possui edifícios que reproduzem os espaços públicos e privados dos municípios brasileiros. O objetivo das visitas é que elas aprendam e exerçam a convivência em sociedade e a prática política. A Vila é dividida em quatro regiões e em cada uma delas as crianças são induzidas a tomarem decisões ligadas a política, meio ambiente, cultura e empreendedorismo. Mais de 2.600 crianças já estiveram na Vila da Cidadania. A meta do Instituto BS Colway Social para os próximos anos é alcançar a marca de 10 mil visitantes.

***

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, fone (41)3352-0110.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.