A grama do vizinho é sempre mais verde, bem como o trabalho do colega, a empresa onde o amigo atua, etc. Esse pensamento, de acreditar que nossa realidade não é tão boa quanto a dos outros, pode ser bastante destrutivo, pois muitas vezes deixamos de valorizar nossas conquistas e nos atemos somente às dificuldades. A história de hoje mostra que, às vezes, a mudança de um emprego não significa melhoria na carreira, ou aumento da qualidade de vida.
Adália dedicou dez anos de sua carreira para conquistar a função de secretária da presidência de uma multinacional renomada. Todos os seus esforços foram direcionados para esse objetivo e, para vencê-lo, abriu mão de muitas coisas, entre elas sua vida pessoal.
Dedicou seu tempo para estudar e tornar-se uma profissional competente e produtiva. Em razão disso, foi tomando para si muitas responsabilidades e atribuições complexas. O reconhecimento da empresa veio em conseqüência da dedicação demonstrada, seu salário era coerente com as suas responsabilidades.
Sentia-se uma profissional vencedora, mas não conseguia desfrutar dos ganhos obtidos, devido às sua rotina atribulada.
Adália sofria de insônia e se alimentava precariamente. Por isso, tinha problemas de estômago e dores de cabeça constantes. A doença diagnosticada era estresse.
Assim, após perceber que havia chegado ao topo e que sua rotina não melhoraria, Adália decidiu que era hora de mudar de vida. Iniciou, então, uma busca interna por respostas aos seus anseios e chegou à conclusão de que o melhor seria ser dona do próprio negócio.
Assim, pesquisou o mercado e estudou todas as possibilidades. Decidiu, por fim, deixar o emprego e abrir uma clínica de estética.
Fez um acordo com a empresa e investiu todo o dinheiro da rescisão no empreendimento. Ela esperava que, com isso, sua vida seria mais fácil, pois não teria de dar satisfações ao chefe. Seria ela a dona do próprio nariz.
Adália passou a sonhar com a nova rotina, sem horários e cobranças e gostou do que imaginou.
Porém, no primeiro mês do empreendimento os problemas começaram a aparecer. As reclamações dos clientes eram freqüentes e os empregados eram difíceis de controlar, pois não obedeciam horários ou regras. Ela não podia acreditar que havia profissionais tão despreparados no mercado, pois seu único parâmetro de comparação era o da empresa onde trabalhou.
As contas e as responsabilidades eram muitas e Adália não conseguia administrar todos os aspectos do negócio. Sua vida virou um verdadeiro inferno, pois se já não dormia bem e se alimentava mal antes, após a abertura da empresa sua qualidade de vida piorou ainda mais.
Ela não podia entender como ser a dona do negócio podia ser ainda mais difícil do que trabalhar em uma grande multinacional. Ela havia feito a lição de casa, estudado e analisado o mercado, suas expectativas e necessidades. Mais havia se esquecido que, para ser empreendedora, é preciso muito mais do que verba para investir e tempo. É preciso ter talento!
Após perder todas as suas economias e debilitar sua saúde física e mental, Adália decidiu fechar a empresa e buscar uma oportunidade no mercado.
Hoje, ela é secretária de uma empresa de médio porte. Ganha menos do que no passado, mas não reclama mais de sua rotina. Aprendeu a valorizar as conquistas feitas.
Ter ambições e buscar o crescimento profissional é salutar e necessário para uma carreira promissora. No entanto, questionar-se infinitamente sobre suas escolhas e desgostar das conquistas feitas pode ser extremamente nocivo para a vida de uma pessoa. É preciso ter a serenidade para perceber que, nem sempre, o emprego do amigo é melhor do que o seu, ou a realidade do colega mais fácil. É sábio reconhecer quando temos algo bom e precioso.
Saiba mais
A canção que contagia
A Sanofi-aventis, empresa farmacêutica, em parceria com a Associação Paulista de Medicina, realiza o Programa Música nos Hospitais, que tem por objetivo proporcionar momentos de conforto e alegria na rotina dos pacientes internados e de seus familiares.
Os hospitais paulistanos irão prestigiar a Orquestra do Limiar, que é regida pelo maestro, compositor e médico Samir Rahme. Estilos de música como barroco, romântico, clássico e música brasileira serão apresentados de forma lúdica e interativa para os pacientes, familiares e profissionais de saúde.
Mais de 7 mil pessoas da cidade de São Paulo já foram contagiadas pela música do programa, que existe desde 2004. Este ano a temporada começou dia 20 de junho e estão previstas treze apresentações, inclusive, pela primeira vez, em hospitais do interior do estado de São Paulo.
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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las.
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