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capital humano

Nem toda empresa é merecedora

Benício é formado em Administração e exerce a função de gerente comercial de um grupo de empresas do setor de segurança. Por ser bastante dinâmico e proativo, Benício foi contratado, há dois anos, para assumir o Departamento Comercial e melhorar o desempenho da equipe de vendas.

O profissional aceitou o desafio por se tratar de algo estimulante, que permitiria a ele criar e inovar as técnicas e os procedimentos adotados pela empresa. Seria um grande aprendizado e uma oportunidade de demonstrar para o mercado sua competência na arte de liderar.

Assim, com muito ânimo e entusiasmo, Benício aceitou a empreitada e traçou as metas de seu trabalho. Ele pretendia, num prazo de 12 meses, melhorar todos os resultados da empresa, a fim de transformá-la em líder de mercado no seu setor de atuação.

Então, preparou suas estratégias de prospecção e investiu no treinamento de sua equipe. Conseguiu, com muita negociação, mostrar aos donos da empresa que era necessário contratar mais profissionais para auxiliar nas vendas. Conseguiu verba, ainda, para o Departamento de Marketing, que também era negligenciado antes de sua chegada. Realizou palestras motivacionais e integrou toda a equipe operacional, para que eles estivessem preparados para o aumento da demanda dos serviços. Melhorou o atendimento pós-venda e conseguiu maior comprometimento de todos os colaboradores envolvidos no processo. Junto à Diretoria pleiteou, ainda, bônus e premiações para aqueles que demonstrassem empenho e trouxessem resultados positivos nas vendas. Acompanhou tudo de perto e dedicou muitas horas extras na intenção de conquistar o objetivo traçado.

Sua dedicação e empenho, por fim, foram compensados com um aumento significativo nas vendas – de mais 60% – desde o início de seu trabalho.

Benício sentiu-se realizado por ter conseguido entregar aquilo a que se propôs quando foi contratado. A empresa ia muito bem, com lucratividade alta, enquanto os colaboradores estavam motivados com as campanhas de valorização que ele próprio iniciou.

No entanto, todos os resultados que o gerente de vendas trouxe para a empresa não foram suficientes para que os diretores lhe enxergassem com o respeito que ele merecia. Após conquistar as metas propostas, a Diretoria achou que ele deveria realizar ainda mais do que havia feito, e que os lucros apresentados por ele eram, simplesmente, parte de sua obrigação como profissional.

Com isso, a empresa passou a cobrar mais e mais resultados de Benício, sem dar-lhe todos os recursos necessários para isso. Então, ao final do segundo ano de trabalho, Benício percebeu que não conseguiria trazer mais crescimento comercial, pois a empresa não lhe fornecia as ferramentas essenciais para isso. No entanto, sua argumentação junto da Diretoria não surtiu efeito, e ele pôde perceber que sua justificativa foi aceita como se fosse uma desculpa, uma forma de explicar que ele não teria competência para melhorar, ainda mais, o desempenho do Setor Comercial.

A certeza de que não estava sendo respeitado conforme gostaria de ser fez Benício perder a própria motivação, antes muito presente em seu trabalho.

O profissional, embora ciente de suas qualidades e da grande participação para com o sucesso da empresa, sentiu que não estava sendo valorizado.

Assim, decidiu que estava na hora de buscar nova oportunidade em uma organização que valorizasse os esforços e o desempenho de seus profissionais.

Benício, hoje, realiza entrevistas para buscar nova colocação e tem a certeza de que não demorará muito para que ele encontre uma empresa merecedora de seus serviços.

Muitas vezes o profissional se dedica para conquistar resultados para empresas pouco merecedoras de seus esforços, pois infelizmente ainda há muitas organizações que utilizam toda a essência de um bom colaborador, sem dar nada em troca. Porém, esses profissionais devem acreditar no seu próprio valor e não se deixar abalar pela falta de reconhecimento, uma vez que sempre haverá espaço, no mercado, para pessoas competentes e batalhadoras.

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Jovens empreendedores

A Alcoa, produtora e transformadora de alumínio, em parceria com a Fundação Julita, entidade sem fins lucrativos, realiza o projeto "MiniEmpresa", em São Paulo. O objetivo é capacitar jovens na administração de uma empresa, desde a criação até o balanço operacional. O curso está na sexta edição e já formou mais de 100 empreendedores, tem duração de 15 semanas e jornada de 60 horas e é ministrado por profissionais de diferentes áreas da Alcoa (Finanças, Produção, Marketing, Recursos Humanos, entre outras). O projeto desperta o espírito empreendedor nos jovens, estimula o desenvolvimento pessoal, proporciona uma visão clara do mundo dos negócios e facilita o acesso ao mercado de trabalho.

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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, tel: (41)3352-0110.

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