O governo divulgou, recentemente, a disposição de contratar 40 mil novos servidores públicos para substituir, principalmente, os trabalhadores terceirizados e/ou contratados temporariamente. A notícia está provocando muitas reações e gerando muitos questionamentos: vale a pena ser funcionário público? A resposta pode parecer simples, mas não é.

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O governo é o maior empregador do país, considerando-se o federal, estadual, municipal e os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Estimo, sem pretender ser exato, que o número varia entre 6 milhões e 8 milhões de empregos, o que é um número impressionante. Nenhum profissional sério pode, simplesmente, ignorar esse mercado.

Outro fator a ser avaliado é que a grande maioria desses empregos, infelizmente, tem baixo salário. No entanto, existem cargos que têm remunerações compatíveis com o mercado privado e alguns salários podem ultrapassar os 10 mil reais mensais. Vale ressaltar, ainda, que a evolução de carreira no serviço público tem regras diferentes da iniciativa privada. Portanto, para imaginar uma carreira no governo é preciso conhecer as regras, sem esquecer que certos cargos, aqueles conhecidos como "de confiança", não obedecem às mesmas regras dos cargos concursados.

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Todavia, existem carreiras muito bem definidas e com planos de evolução funcional parecidos com os da iniciativa privada.

Assim, a principal, mas não a única motivação para que tantas pessoas sonhem com um emprego público são, sem dúvida, a estabilidade funcional e a garantia de que o salário será pago, não importa se o órgão tem ou não receita. E, embora saibamos que um funcionário público pode ser demitido, temos conhecimento que, na prática, isso é quase impossível.

Há, ainda, outras razões para que o emprego público seja tão almejado pelos brasileiros, mas prefiro discorrer sobre o conceito que tenho sobre os funcionários públicos. A grande maioria deles é composta de pessoas honestas e trabalhadoras. Elas enfrentam no seu cotidiano uma verdadeira maratona contra a falta de recursos, sejam financeiros, tecnológicos, de instalações, treinamentos adequados, entre outras tantas deficiências. Embora existam, em alguns setores verdadeiras ilhas de excelência.

E mesmo que muitas carreiras não tenham horizonte de crescimento vertical (promoções), não se pode esquecer de que muitos profissionais querem ser simplesmente aquilo que são. Como é o caso de muitas professoras, que amam suas carreiras ou de pessoas que nascem com a verdadeira vocação para trabalhar para o governo.

Pode-se, ainda, "pinçar" no governo algumas profissões de grande significado, como é ocaso do Itamaraty que, silenciosamente, trabalha aqui e no exterior. Não acredito que poderíamos viver na comunidade internacional sem um serviço diplomático de qualidade como é o nosso caso. Basta ver os esforços feitos por ocasião da febre da vaca louca, dos frangos e da carne de porco, que continuaram a merecer a confiança dos países compradores, graças aos esforços conjuntos realizados pelas empresas e pelo grande número de funcionários governamentais nos mais diversos países.

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Sem contar com a função de juiz, de alto valor agregado, que nos orgulha e inspira.

Outras profissões, no entanto, não têm suas carreiras bem definidas, e muitos cargos não têm horizonte de crescimento. Mas acredito que muita coisa pode e deve ser melhorada no futuro. Por isso incentivo algumas pessoas a fazer parte do time do funcionalismo público, pois, num futuro próximo, acredito que o jogo deve virar: há esperança!

Será então que todas as pessoas podem ou devem ser funcionários públicos? Certamente que não. As pessoas que precisam ter espaço para crescimento acelerado, que definam suas próprias regras de trabalho, que necessitem de liberdade para criar, para liderar equipes e disputar mercados, teriam pouco espaço trabalhando no governo. Para estas pessoas está reservado o caminho difícil, mas altamente gratificante do mercado livre, aonde se vai até o talento possa levar.

Portanto, caro leitor, não é preciso ter nenhum sentimento de culpa ao tentar ser funcionário público e, muito menos, ao batalhar na livre iniciativa. Consulte seu coração, suas aptidões naturais, sua vocação e não tenha medo de ser feliz!

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Saiba MaisMultiplicando o aprendizado

A empresa de telefonia Oi, em parceria com a ONG Fábrica de Imagens, realiza o Projeto Navegantes, que visa a formar jovens entre 16 e 24 anos na área de webdesign. O projeto já beneficiou 21 alunos, que, depois de oito meses de formação em programação, design e manipulação de imagens, replicam os conhecimentos através do Curso de Informática Básica para cem pessoas entre alunos de escolas públicas, pais e familiares do bairro da Maraponga em Fortaleza.

Através da multiplicação de conhecimentos o projeto Navegantes pretende formar jovens de escolas públicas em webdesign, sempre priorizando o caráter social e visando à democratização do acesso à informática. O programa de ensino ainda agrega formação humana e favorece a socialização dos adolescentes, com discussões sobre cidadania, gênero, sexualidade, juventude, cultura digital, filosofia e sociologia.

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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, fone (41)3352-0110.

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