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Carlos Nasser

Debates

Leio em uma pesquisa qualificada que os telespectadores da Bandeirantes queriam mais propostas de governo e menos denúncias de imoralidades, falta de ética no governo e transgressões das leis. Qual seria a solução correta? Como você conduziria os trabalhos se cuidasse do marketing de um dos candidatos? Vamos fazer um exercício de raciocínios. Se fosse Alckmin, dividiria o programa em duas partes: a primeira, de acusações de forma dura, contundente. Quem tem escândalos e suspeitas fortes em seu governo não pode deixar de explicar sua posição e tem a obrigação de dar satisfações à nação.

Nos Estados Unidos, Nixon renunciou em circunstâncias mais brandas que a primeira parte do mensalão. Renunciou é a maneira de dizer, saiu para não responder a processo-crime. O Zé Dirceu de lá foi preso e cumpriu pena. Voltemos ao debate. A segunda parte seria propositiva. Diria 10 pontos importantes a serem feitos para levar o país ao crescimento. Como o povão não entenderia e precisaria entrar no Norte/Nordeste, onde o adversário tem votos cristalizados pelo Bolsa-Família e assistencialismo tipo Hugo Chávez (petróleo), colocaria a solução dos problemas novamente dividindo as questões.

Gastaria o mesmo com o Bolsa-Família, 8 bilhões de reais, mas cortaria fortemente os gastos com os juros, 150 bilhões de reais ano, mostrando que nunca os banqueiros ganharam tanto quanto no governo Lula, jamais tiveram tanto lucro como agora. E com parte deste dinheiro geraria mais empregos e desenvolveria o país. Discutiria com o Lula as propostas minhas e as dele. Não penetrasse no Norte/ Nordeste, sensibilizaria o Sul e Sudeste, que são mais politizados.

Fora isso o debate não existiria, seria um confronto dinamarquês e não brasileiro (ou americano). Civilizado demais para os trópicos. Se comandasse o lado do Lula, daria mais explicações sobre os escândalos mostrando que é um homem de bem e abriria mais o governo para a oposição investigar. Como exemplo: os cartões que os membros do governo possuem e quanto gastam por ano. Mostraria como desenvolver o país, já que o nosso crescimento não existe, perde para o Paraguai e, por fim, com quem iria governar, já que os homens de confiança saíram mal do governo e ficaram pessoas desconhecidas intelectualmente. Exemplo: convocaria personalidades apartidárias, como vários economistas brasileiros que brilham nos Estados Unidos, Antônio Ermírio de Moraes, Adib Jatene, um representante da classe empresarial de São Paulo e por aí vai. Abriria mais o governo para a sociedade brasileira. Escolheria, pelo PMDB, Jarbas Vasconcelos e outros deste nível. Nunca os fisiológicos e negocistas. Seria este o debate que você gostaria? Ou um debate alemão onde os assuntos são inflação, previdência, tecnologia e, no final, união nacional para dar governabilidade para o país. Mas não somos germânicos, nem americanos e muito menos ingleses.

Agora, pelas pesquisas, o presidente está a um passo da reeleição e das responsabilidades que vêm junto com ela, principalmente das promessas de campanha. A cada um de nós, uma parte das responsabilidades a serem cumpridas. A minha é de sempre, me manter atualizado para passar ao leitor, com honestidade, o que penso. Acho que cumpri meu papel com esta coluna semanal. O principal é que estarei sempre pronto para a discussão dos temas importantes para a nação e aos brasileiros.

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