Vamos lá, falar do ano que passou. Cheguei à conclusão que política no Brasil foge ao comum e escapa à lógica. Errei feio quando achei e escrevi que o Lula estava derrotado. Quem perdeu nos escândalos foi o PT. O Lula descolou-se e com a força do "bolsa-família" e uma linguagem coloquial para as classes D e E, os excluídos socialmente, firmou sua liderança e venceu de novo. Prometo a mim mesmo não fazer previsões antes das pesquisas passarem por meus olhos. Luiz Inácio Lula da Silva jamais baixou de 40% nos últimos seis meses de campanha. Geraldo Alckmin oscilou: para cima no final do 1.º turno e para baixo no 2.º turno inteiro. Mas ninguém acertaria o que aconteceu um ano antes.
Não abro mão de mudar minha alimentação, agora mais disciplinada e racional. Foi bom meu interesse didático sobre o que comer. Leio o máximo possível para aprender sempre. Foi muito bom me aproximar dos poucos amigos reais que tenho, a amizade é uma das "jóias da coroa". Quem não tem amigos naufraga na solidão. Mas atenção é necessária, como no futebol, a vida é um jogo de conjunto.
Foi muito bom o relacionamento que tive com uma moça que me transmitiu alegria e parte de seu excelente astral. Mexeu com um lado da minha alma e me obrigou a rever conceitos de convivência correta. Quando menos se espera, a vida nos surpreende e derruba os mitos que mantemos sem razão lógica e sentimental. Ousar é necessário. Arrisque um longo chute de fora da área. O gol pode sair nos minutos finais da partida. Prometo que não abandonarei meus dois anjos da guarda, Sílvia e Juliana, que puseram minha saúde no lugar (falta pouco). Ambas profissionais competentes, me salvaram pela ginástica, Sílvia, e pelo RPG a Juliana, que é terapeuta. Não faltei uma só aula e não reclamei das dores que senti. Tinha vergonha delas em passar fraqueza. Quando faltava força pensava nos remédios que ajudam, mas têm efeito colateral.
Neste ano me aproximei de um amigo poderoso espiritualmente, Affonso Camargo, que antes de tudo é um ser humano honesto que revê diariamente suas posições perante a vida. É um sartreano sem conhecer Sartre. Uma figura exemplar e rara. Sua amizade e conselhos foram imprescindíveis neste ano turbulento que vivi. Não deixo de citar três personagens que participaram com suas forças e dons maravilhosos, o Frei Sebastian, que hoje está em Roma; a Márcia Escorsin, que nunca deixou de orientar, e o professor Yang, uma sabedoria chinesa que Deus mandou para Curitiba.
Vou escrever sobre eles no próximo ano. Como sempre faço vítimas de meus amigos mais preparados que uso e abuso da proximidade, como o fantástico dr. Júlio Gomel, nosso INSS 24 h ao dia. Frase do Nego Pessôa. O dr. Breda (pai e filho) sempre me livrando das broncas em que me envolvo (em seqüência) e me ensinando a ser temente as leis que um colunista deve temer. E, por fim, não abro mão da presença brilhante do Arthur de Castro e do Poty, que viraram Fluminense por minha causa e preenchem meu domingo.
Depois dizem que sou arrogante, basta ler esta crônica e ver minhas fragilidades confessadas em público. Agora é sua vez, o roteiro está pronto.
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