Em todos os lugares de Pindorama, do ambiente de trabalho aos botecos, onde quer que as pessoas se reuniram nos últimos dias para tratar de assuntos do cotidiano ou mesmo para jogar conversa fora, inevitavelmente veio à tona a declaração anual do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas, cujo prazo para apresentação terminou nesta sexta-feira (28).

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O assunto não nos despertaria a atenção não fosse a dramaticidade que hoje envolve o dever cívico de pagar os escorchantes impostos exigidos dos cidadãos pelas três esferas de governo (União, estados, municípios e Distrito Federal).

No caso específico do IR, alguns contribuintes chegam ao desespero de consultar inescrupulosos “especialistas” de plantão na esperança de reduzirem a mordida anual do Leão, que, somada aos descontos mensais sobre seus salários e às demais despesas obrigatórias, praticamente os reduzem a míseros súditos.

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Indústria de recibos

Nesse contexto, intermediários milagreiros surgem do nada e oferecem a preço de banana recibos relativos a supostos gastos na área da saúde, envolvendo médicos, dentistas e hospitais, para fins de dedução da renda bruta declarada.

Lamentavelmente, muitos contribuintes, espoliados e indefesos, se arriscam na aventura de buscar esse caminho tortuoso e, com isso, ousar ludibriar o Fisco, que o massacra com um fardo tributário monstruoso. As consequências são, sabidamente, funestas. A Receita Federal possui os mais sofisticados aparatos fiscalizatórios para apurar sinais de fraudes e outras ilicitudes contra o Tesouro Nacional, notadamente quando intentadas pelo cidadão comum.

Temos constatado no dia a dia da nossa atividade profissional contribuintes que, sem qualquer notícia anterior de registros criminais contra suas pessoas, passaram a responder a inquéritos na Polícia Federal por conta de tais fraudes, incentivadas por profissionais tidos como “sabidões” e que, diga-se de passagem, nada tem a perder em termos de reputação pessoal.

Barbas de molho! Basta simples cochilo para representar o fim de uma imagem ilibada!

NO VÃO DA JAULA

***A coluna de hoje é dedicada ao amigo Luís Gonzaga Sampaio Pierote. Depois de 11 anos lutando na Justiça, finalmente foi reconhecido o seu legítimo direito de assumir o honroso cargo de auditor-fiscal da Receita Federal. A administração tributária nacional passa a contar em seus quadros com um profissional talentoso e de formação retilínea.

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