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O risco das bitcoins

O que você acha de um investimento que paga 5% por semana, garantidos?

Dia desses me fizeram essa pergunta. Como não conheço jeito mais eficiente de dizer certas coisas, respondi que não existe. E que se alguém está prometendo isso, há enorme probabilidade de ser algum tipo de pirâmide ou golpe. Segundo meu interlocutor, tratava-se de um negócio com bitcoins. Para quem não conhece, bitcoin é um tipo de moeda virtual internacional. Há diversos sites prometendo câmbio em bitcoins, embora sua aceitação física seja limitada.

Bitcoins são uma realidade. O Banco Central Europeu publicou um estudo sobre moedas virtuais em 2012, concentrando-se no bitcoin. Mas elas envolvem riscos tremendos, porque não têm absolutamente nenhuma regulação. O BCE aponta que carregam riscos legais, operacionais, de crédito e de liquidez. Sou conservador com negócios novos. Meu conselho: se você não entende o modelo do negócio, melhor não se envolver nele.

Muitas pessoas embarcam nas operações com bitcoin sem usar dinheiro. Apenas usam de “mineração” – ou seja, usam seus computadores para clicar em links que buscam algoritmos. Por não colocarem dinheiro real, encaram o risco. Fique de olho, principalmente se colocar seus reais de verdade no negócio.

Também quero!

Semana que vem o STF deve julgar o mérito de ações propostas por diversos estados, que querem pagar juros simples em nas suas dívidas com o governo federal.

A dívida decorre de um acordo feito em 1997, pelo qual o governo federal assumiu os débitos de diversos estados, que estavam com uma situação fiscal muito difícil. Muitos casos estavam ligados ao relacionamento da administração estadual com os bancos estatais, que financiavam os governos de uma forma semelhante ao das pedaladas que estão em discussão hoje. Esse acordo já foi repactuado no passado, com a mudança dos indexadores.

Passados 19 anos, há novamente estados passando grande dificuldade financeira. Há a necessidade de ajuste fiscal e de ajustes nesse combinado. Mas juros simples?

Todos nós pagamos juros compostos (os tais “juros sobre juros”). Se os estados puderem pagar juros simples, que reduzem drasticamente as contas, eu também quero. E imagino que você, leitor, também deva querer. Afinal, como contribuintes, somos nós que vamos pagar essa conta de qualquer forma. Seja em impostos estaduais ou em impostos federais.

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