Somos todos sobreviventes, no Brasil. Eu sou sobrevivente de sete moedas diferentes (quando nasci, em 1969, circulava o cruzeiro novo), de uma infinidade de planos e pacotes econômicos e de ajustes fiscais, tanto no plano federal quanto no local. O leitor deve ter seu próprio histórico e, quem sabe, uma memória melhor que a minha para essas coisas.
Crises? Difícil dizer: há momentos em que parece que estamos em uma crise contínua, que só troca de nome porque um ou outro político obtém sucesso em rotular seu antecessor ou adversário como pai ou dono da crise. É o que temos agora: essa crise é da Dilma, do PT e do Lula ou é a crise do Fora Temer? Você decide...
Há algumas atitudes protetoras que ajudam a sobreviver às crises, principalmente quando são prolongadas como a atual. Em geral, elas estão ligadas a uma atitude mais conservadora no trato dos recursos: cortar gastos preventivamente, antes que as circunstâncias o obriguem a isso (esse foi o pecado de algumas empresas que tiveram de fazer cortes profundos de pessoal nos últimos meses); reduzir ou, se possível, eliminar a necessidade de crédito (cheque especial e rotativo do cartão, então, nem pensar), não comprar por impulso e sempre pesquisar antes de qualquer aquisição.
Tomando essas providências é possível não só sobreviver, mas prosperar. Mesmo com crise.
Compra parcelada
Algo mordaz o comentário do leitor que se identificou como “Democrata” à coluna da semana passada, que tratava de compras parceladas. Pergunta ele: “Ao invés de eu comprar uma nova TV a prazo (por exemplo, em 12 parcelas), eu sigo seu conselho e economizo por doze meses o valor. Então, chego na loja com o dinheiro à vista – eles em tese não vão me dar desconto. Então eu passei 12 meses sem curtir uma TV nova e o custo será igual. É isso?”
Não, caro Democrata, não é. Com dinheiro para comprar à vista, você pede desconto à loja. Se ela não der, procure o concorrente. Você vai encontrar preços mais baixos, desde que peça, é claro – o comerciante não vai dar desconto apenas pelos seus belos olhos. Negociar, pechinchar. É assim que se faz.
E não caia no golpe da venda parcelada sem juros. Ela não existe. Escrevi uma coluna sobre isso em 2010.
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