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A frase do título foi usada na propaganda do esforço de guerra dos Estados Unidos, nos anos 1940. O país estava em luta na Europa e no Pacífico, e boa parte dos recursos do país – tanto estatais quanto privados – estava sendo canalizada para sustentar a máquina bélica. Era preciso economizar combustível e guardar lugar nos meios de transporte (trens, principalmente) para o pessoal a serviço do governo.

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Li dia desses um artigo em que dois ambientalistas defendiam que o slogan seja retomado. Originalmente, o adversário era um exército inimigo; hoje, segundo eles, são as emissões de carbono, apontados como causa do aquecimento. Como a queima de combustíveis derivados de petróleo é a principal causa dessas emissões, melhor reduzir seus deslocamentos. Ou pelo menos, fazê-los de modo a reduzir o consumo de combustível. Vem daí o entusiasmo pela adoção da bicicleta nas cidades e a preferência pelo transporte de massa.

Cito a questão não pelo transporte em si, mas para destacar a importância de fazer a si próprio perguntas antes de decidir consumir algo. A pergunta feita há 70 anos continua atual, e poderia ser adaptada para outras áreas da vida. "Essa compra é realmente necessária?" poderia ser uma versão. "Você realmente precisa desse produto?" seria outra.

O consumo tem consequências. Podem ser para o próprio consumidor, que acaba gastando demais e se vê gastando mais do que ganha. E pode ter efeitos globais, pelo gasto de energia, pelas emissões de carbono, pelo uso de matérias-primas não renováveis.

Assim, seja por razões pessoais ou pelo bem da humanidade, reflita um pouco sobre o seu jeito de consumir. Você pode descobrir que pode, muito bem, viver com mais leveza.

Dinheiro para as crianças

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Sabe aquela frase feita, que diz que a gente só dá valor às coisas depois que as perde? De certo modo, ela se aplica a muitas coisas na vida, inclusive à educação financeira – observe que a economia já foi muitas vezes definida como o estudo da escassez, não da abundância.

Falo isso para dar uma passada no tema da reportagem abaixo, a mesada. Acho que a discussão é da maior importância. Particularmente, acho que ela é um instrumento muito bom para ensinar a criança a fazer escolhas. É essa, afinal, a grande dificuldade que muitas pessoas têm na hora de lidar com o dinheiro. Como trata-se de um recurso escasso (pelo menos para a maior parte de nós; Eike Batista, se você estiver lendo este texto, essa parte não é para você), e a cada momento é necessário decidir o que fazer com ele.

Se você dá à criança um dinheirinho semanal, está também concedendo a ela o direito de escolher entre um sorvete e um gibi, entre um chocolate e um adesivo para colar no caderno. Pode parecer pouco, mas é a chance de ela conhecer melhor a si própria e a "treinar", em ambiente controlado pelos pais, algo que fará pelo resto da vida.

Lembre-se que, quando se trata da educação dos filhos, os pais vivem em um conflito entre conceder autonomia e concentrar poder. Os extremos (superproteção ou autonomia precoce) são ruins, como sempre. Inclusive nas finanças.

Não se trata apenas de dar ou não mesada, mas da forma como você prepara os seus filhos para a vida – a mesada é apenas um pedaço da questão. O importante é criar crianças que sabem dar ao dinheiro a importância devida, mas não o colocam em primeiro lugar em sua escala de valores.

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