Em novembro, Curitiba e o Paraná se transformam na capital sul-americana do agronegócio. Representantes de todos os elos da cadeia produtiva do setor, de vários países, vão discutir e apontar tendências mundiais do setor a partir da realidade e do potencial da América do Sul. Com o tema Sociedade Urbana, Economia Rural, o Fórum de Agricultura da América do Sul 2015 consolida em sua terceira edição um debate que é campo e cidade, é desenvolvimento econômico e social, é abastecimento e segurança alimentar. É o Paraná. É o Brasil. É a América do Sul. É o mundo. É o agronegócio sustentável, moderno e globalizado.
Um fórum que interessa não apenas ao público diretamente ligado à produção, como ao consumidor, ao cidadão e à sociedade organizada. Será possível entender e compreender sobre o futuro de uma população cada vez mais urbanizada, verticalizada e concentrada. Mas que é cada vez mais dependente da economia rural. Uma dependência que vai além da produção de alimentos e energia. Que tem a ver com questões econômicas e financeiras, a considerar a presença relevante e crescente do agronegócio na geração de emprego, renda, riquezas e divisas, em especial aos países sul-americanos, que têm na produção e transformação agrícola e pecuária um trunfo à sua economia.
Serão 16 temas, sendo tratados em painéis e conferências, com mais de 30 palestrantes de vários países. Um cenário que traz visões e análises distintas, sob vários ângulos, entre os quais o técnico, o geopolítico e o de mercado. Uma pluralidade que ao final se complementa e favorece o objetivo maior, que é o de apontar tendências do setor. Será nos dias 12 e 13 de novembro, no Museu Oscar Niemayer. A organização é do Agronegócio Gazeta do Povo, plataforma de comunicação dedicada a desenvolver soluções em informação e marketing ao agronegócio.
Outras informações e a programação no site www.agrooutlook.com.
Frango à frente
Maior produtor e exportador nacional, o Paraná segue em frente com o frango. Dados do setor mostram um crescimento de 21% no volume exportado entre julho e setembro na comparação com igual período do ano passado. O valor arrecadado não seguiu na mesma proporção, mas ainda assim foi positivo em 4,6%, para US$ 658,7 milhões no trimestre. Um dos motivos que favorecem as exportações paranaenses e brasileiras neste ano é a redução do mercado coberto pelos Estados Unidos. A gripe aviária forçou o país a uma redução em torno de 8% na produção de ovos férteis. A consequência é a redução no alojamento e na oferta de frango no mercado doméstico e internacional.
O Brasil ocupa a primeira e os Estados Unidos a segunda colocação nos embarques de carne de frango. Os maiores estados produtores e exportadores são o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Juntos, eles representam 63,5% da produção nacional e 75% das exportações brasileiras da proteína animal. A liderança do Paraná vem com participação de um terço na produção e também na exportação da carne, que hoje é despachada para mais de 150 países.
EUA sem armazém
Depois de duas safras cheias, com mais de 500 milhões de toneladas cada uma, a produção dos Estados Unidos não encontra mais espaço nos armazéns. No principal estado produtor, montanhas de milho se acumulam a céu aberto em várias regiões de Iowa. Capitalizado de temporadas anteriores, o produtor segura as vendas no aguardo de uma reação nos preços. Com a soja abaixo de US$ 9/bushel e o milho abaixo de US$ 4/bushel, a depender do nível de tecnologia adotado, o agricultor não estaria pagando nem o custo das lavouras.
Com a colheita na fase final, neste ano os Estados Unidos devem colher 344 milhões de toneladas de milho e 105 milhões de toneladas de soja. Na edição de amanhã o Agronegócio Gazeta do Povo traz outros detalhes sobre a safra que termina nos Estados Unidos e a relação direta que o cenário no Hemisfério Norte exerce sobre a safra que apenas começa no Brasil e que tem potencial para mais de 100 milhões de toneladas de soja e mais de 80 milhões de toneladas de milho.