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De olho nas finanças

Especular ou conservar

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Quando as ações sobem durante alguns anos, uma multidão de novatos é atraída para o mercado. A maioria chega com pressa de ficar rico. Querem repetir e até superar o desempenho de seus colegas e parentes que entraram antes e que agora se gabam disso no trabalho ou nas reuniões do fim de semana.

Pacatos aplicadores de caderneta de poupança e de fundos de renda fixa transformam-se em vorazes especuladores em poucas semanas. Como compatibilizar esse desejo de ganhar rápido com nossa filosofia de investir em ações para o longo prazo? Como se isolar dos movimentos de curto prazo? Como deixar de vender uma ação conservadora que anda subindo pouco, para pular para outra bem mais arriscada, mas que não parou de subir nos últimos dias?

Meu conselho é: mantenha a maior parte de seu capital numa carteira bem estável, construída com firmes objetivos de longo prazo. O PIBB ou um fundo de dividendos ou um fundo de ações com excelente histórico são bons veículos. Aqui, a diversificação é fundamental. Separe um porcentual bem menor, entre 10% e 20% de seu capital para brincar, para especular, para realizar seus desejos de competir. Vale confiar em dicas, vale acreditar em boatos, vale fazer gráficos de curto prazo, vale entrar e sair da bolsa de acordo com os humores do mercado. Mas não deixe que essa empolgação envolva mais do que 20% de seu capital em ações.

No fim de uns dez anos, eu aposto com você que aquela carteira estável, sem graça nenhuma, terá lhe oferecido ganhos muito maiores. Sabe por quê? Porque há alguns fatores jogando contra a carteira superativa: taxas de corretagem, Imposto de Renda e o spread entre as cotações de compra e de venda. Pior ainda, estar fora da bolsa pode ser um grande risco. O preço das ações costuma subir em galopes e não são raros os dias em que disparam mais de 5%. Quem estava pessimista no dia perderá a chance e será muito difícil recuperar a diferença.

O leitor pergunta:

– Já tenho meu apartamento próprio e quero investir em outros imóveis. O que se valoriza mais? Terrenos ou apartamentos?

Resposta

Os terrenos são mais apropriados para especulações imobiliárias, embora dificilmente gerem renda. Apartamentos enfrentam depreciação, embora gerem aluguel. Identifique seu perfil e aproveite o bom momento.

mauro@halfeld.com.br

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