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Mauro Halfeld

Para os normais

Milhões de brasileiros sentem-se quebrados. Gastam mais do que ganham e assistem ao endividamento crescer num ritmo frenético. Só existem duas saídas: ganhar mais ou gastar menos. Descubra a gravidade de sua situação e comece logo a virar o jogo.

Para aumentar a renda, ter um segundo trabalho é o caminho mais natural. Sim, aproveitar os momentos de folga para equilibrar as contas em casa. Nas camadas menos privilegiadas da sociedade isso é muito comum. Operários viram garçons ou seguranças no fim de semana; comerciários fazem bicos como motoristas nos domingos e feriados.

Na classe média há mais resistência, uma vergonha de executar serviços mais simples. Bobagens. Engenheiros e advogados podem ser ótimos professores particulares; eonomistas que dominam um instrumento musical encontram prazer e remuneração em festas de fim de semana. Tudo isso sem falar na enorme variedade de produtos a serem vendidos no marketing de rede.

Para os muito tímidos e para os que não abrem mão das horas de lazer, a solução está em cortar custos. Primeiro, deve-se listar as principais despesas. Depois, separar aquelas essenciais das não tão importantes. Nessas últimas você encontrará a solução para seus pesadelos.

Lazer e alimentação fora de casa costumam ser grandes vilões. Buscar passeios e diversões gratuitos vai ajudar muito. Trazer alimentos de casa para os lanches no trabalho costuma ser mais saudável e chega a ser uma tradição em escritórios sofisticados do Primeiro Mundo. Lá fora ninguém se envergonha por trazer sua refeição de casa.

Parar de comprar por impulso é outro passo importante. Listo algumas sugestões para evitar esses gastos não tão necessários.

1) Pergunte para você mesmo: será que eu realmente preciso fazer essa compra? Pense em um outro destino para seu dinheiro. Por exemplo, livrar-se de todas as dívidas, ou comprar um carro novo, ou chegar mais perto da casa própria.

2) Crie um período mínimo de 72 horas para esfriar sua ânsia de comprar depois que você se apaixonar por um produto numa vitrine. Se você foi seduzido por uma calça no sábado, não compre antes de terça-feira. Volte para casa, sossegue a cabeça e não apareça na loja antes de três dias.

3) Compare a nova calça com as outras que você já tem. Será que vale a pena ter nove ou dez peças? E será que essa última ficará no fundo do armário em breve?

4) Faça um cálculo mental. Quantas horas você vai precisar trabalhar para pagar a compra? Oito horas? Quarenta horas? Talvez não valha a pena... Se ainda assim você concluir que vale, vá em frente, com a consciência tranqüila. Aproveite.

O leitor pergunta:

– Gostaria de me aposentar em 25 anos. No Tesouro Direto, qual seria o melhor papel?

Eu aposto mais nas Notas do Tesouro Nacional (NTN-B Principal). Nesses títulos, os juros são automaticamente reaplicados e você garante uma das mais altas rentabilidades da história do mundo. A tabela revela as taxas de diferentes papéis.

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