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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Todo ano, mal a gente se distrai, e as lojas já começam a vender produtos de Natal. Indício de que a festa já está chegando. Com o crédito crescendo acima de 20%, está todo mundo otimista com este fim de ano. Alguns economistas já apostam que "nunca antes na história deste país" se terá visto um Natal tão bom. O comércio está muito bem em 2007. Em 12 meses, o volume de vendas cresce a 9%.

Já se espera que este fim de ano seja melhor que o de 2004. Dificilmente o crescimento das vendas será superior aos 11,4% de dezembro daquele ano. Isso aconteceu lá atrás, pois a base de comparação era muito baixa. De qualquer forma, a expectativa é de que as vendas sejam agora bem altas.

O aumento da renda e, mais que isso, a facilidade do crédito, está fazendo com que, em 2007, o ritmo de crescimento das vendas do comércio esteja mais forte que em 2005 e 2006. O gráfico abaixo mostra o movimento no Rio de Janeiro.

Os últimos dados da indústria – que está entregando agora produtos que serão vendidos em dezembro – confirmam a tendência. Eles vieram muito altos em agosto, e devem ser também bons os de setembro, com alta de 8,5% contra setembro de 2006. Somado a isso, o câmbio pode ajudar com os importados.

Os preços continuam sob controle, não fosse a alimentação, que andou comendo parte do salário, mas que também já começa a dar sinais de baixa. A inadimplência ainda não virou um problema grave e a parada na queda dos juros só deve ser sentida no ano que vem. Ou seja, a expectativa é alta.

João Carlos Gomes, coordenador do Núcleo Econômico da Fecomércio-RJ, destaca o crescimento da venda de automóveis e de vestuário. Ele conta que, em agosto, a venda de carros e peças cresceu 13%. E, em setembro, deve ser novamente acima dos 10%.

O gráfico mostra também dados de outros Natais. Não há como apontar de quanto será o crescimento este ano, mas já há sinais fortes de que este Natal será bem mais gordo que os dois últimos.

Mudanças no mapa do varejo

Na semana que vem, o Ponto Frio (hoje com 380 lojas, em 10 estados) vai anunciar oficial-mente a sua entrada no Nordeste, num negócio feito com a Nexcom, uma rede baiana. Quinze lojas já estão abertas; elas vão funcionar com o nome de Ponto Frio Digital.

A chegada do grupo à Bahia marca o fim do que se costumava considerar um acordo tácito de "não invasão" entre os grandes grupos varejistas de móveis e eletroeletrônicos.

Quem domina o setor no Nordeste é a Insinuante, que tem atualmente 220 pontos de venda em todos os estados da região e é a quarta maior do país. Fora de lá, só está presente no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, e com poucas lojas.

Nesta linha de cada um no seu canto, os grandes do Sudeste – Casas Bahia (a líder), Ponto Frio e Magazine Luiza – também não atravessavam divisas em direção ao Norte do país.

Mas agora o jogo está mudando. Pelo menos este ano, as Casas Bahia, que chegam a 546 lojas no país, não devem ainda se instalar no Nordeste. Porém, com o crescimento da renda – e das vendas – na região, não se sabe até quando essa decisão vai durar. Está faltando gente – Com o enorme crescimento da construção civil no país, grandes do setor estão com dificuldade de contratar. Engenheiros civis ou advogados especializados no setor imobiliário, por exemplo, são artigo raro no mercado. A escassez tem feito com que salários aumentem, ou que seja necessário trazer gente qualificada de fora.

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