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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Uma parte da história recente da aviação brasileira nada tem a ver com o que se passa internacionalmente. Não só pelos graves acidentes. Esta semana, a BRA parou de voar; e a Gol anunciou queda no lucro de 78%. Já lá fora, a Iata revisou para cima a previsão de lucro das grandes companhias aéreas. No entanto, há um aspecto que atinge todos: o aumento nos custos, principalmente com combustíveis.

Quando se olhava para o futuro da aviação, muitos achavam que ele seria de aeronaves espaçosas, de mais conforto. Isso pode até ter se concretizado na suíte do Airbus A380 (a que preço!), mas nós, simples mortais, estamos experimentando mesmo são dias de aviões apertados, filas intermináveis nos check-ins, mau tratamento das companhias do duopólio. A saída da BRA, segundo especialistas, foi sobretudo um problema de gestão. Mas, naturalmente, faz toda a diferença o entorno da situação.

O caos começou em setembro do ano passado. Mais de um ano, mais de um ministro, mais um acidente, e nada mudou. A solução, em tese, tem sido não voar, o que, na prática, é impossível num país deste tamanho.

O Brasil vive um momento peculiar na aviação. Outros países também têm problemas, mas não tantos e por tanto tempo. Várias companhias estrangeiras têm melhorado seus resultados, e a previsão da Iata, a associação internacional do setor, é que o lucro chegará a US$ 5,6 bilhões, com 6% de alta no volume de passageiros.

O número de pessoas que voam – ou tentam voar – no Brasil também cresce. Os preços baixaram, e a aviação se popularizou. Isso é ótimo, mas exige cautela e atenção do regulador. Preços menores só pode ser praticados sem que isso onere a segurança. Os relatos de insegurança dos funcionários da BRA são alarmantes.

O custo de um vôo é alto. E tem subido muito principalmente por causa do petróleo. Hoje o item mais relevante no custo das companhias aéreas internacionais já é o combustível. No ano, no Brasil, o querosene aumentou cerca de 30%. No mundo, como mostra o gráfico, os gastos com combustível são hoje o triplo dos custos em 2000.

Em resumo: há desafios do setor aéreo que valem para todos – e devem crescer com o petróleo a US$ 100 –, mas existem outros problemas que são nossos mesmo. Por pura falta de competência gerencial.

‘Um sustozinho’

O professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, que entende tudo de inflação, conta que tomou um "sustozinho", quando saiu ontem o IPCA de 0,30%, em outubro:

– O que mais preocupou, desta vez, foi a alta em itens que podem estar pressionados pela demanda, como eletroeletrônicos ou cimento.

O professor agora está atento ao que vai acontecer com o preço da gasolina até março. O combustível pesa 4,4% no IPCA e, em algum momento, deve aumentar. Mas, se isso acontecer, será bem antes das eleições municipais.

Mais forte da turma

O dia ontem não foi dos melhores na Bovespa, mas, no ano, ela vai muito bem.

Marcel Pereira, da RC Consultores, acha que o bom resultado mostra "que os investidores passam a diferenciar, positivamente, o mercado brasileiro".

Os estrangeiros teriam ficado mais seguros com o fato de a Bovespa ter atravessado bem a turbulência das subprime.

Pereira chama a atenção para o fato de a bolsa no Brasil estar crescendo mais até que em países emergentes com grau de investimento, como no México.

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