Pontos de destaque
57% das empresas têm expectativas favoráveis para 2015.
Entre os otimistas, 41% dizem que haverá novos investimentos.
A satisfação do cliente será a principal estratégia competitiva para 62% das empresas.
Carga tributária e encargos sociais elevados são apontados como principais dificuldades para a competitividade da indústria.
Nessa virada de ano, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) divulgou a sua 19ª Sondagem Industrial 2014/2015, que busca retratar a visão dos líderes industriais paranaenses em suas constatações e expectativas de negócios. Com foco em questões como produtividade, competitividade, estratégias de venda e de compra, qualidade, infraestrutura e meio ambiente, o estudo teve a participação de 310 empresas industriais, que correspondem a aproximadamente 110 mil trabalhadores da indústria do estado. São informações relevantes não apenas para esse setor da economia, mas para todos, pois ajudam a orientar as decisões de negócios e a elaboração de estratégias competitivas. Você pretende conduzir suas decisões com base em informações e análises, e não apenas na sua experiência e sentimentos? Então, você tem aí uma boa fonte gratuita para consulta. A própria sondagem relata que 84% das empresas utilizam informação como estratégia competitiva. Destes, 74% tem a informação selecionada, sistematizada e analisada dentro da empresa.
O que esperar para 2015?
Segundo a sondagem, 57% das empresas têm expectativas favoráveis para 2015, o que em um primeiro momento pode parecer um bom resultado, afinal é mais da metade. Correto? Não é bem assim, esse é o pior resultado apurado nos 19 anos de realização dessa sondagem, ficando abaixo até mesmo dos anos com graves crises como 2009 e 1999, que tiverem resultados de 62% e 61% respectivamente. Se considerarmos que a expectativa apurada para 2014 foi de 76%, o resultado atual traz apreensão.
O copo meio cheio
Entre os otimistas retratados na sondagem, 41% dizem que haverá novos investimentos e o mesmo porcentual acredita que haverá aumento das vendas. Entretanto, mesmo eles não se mostram assim tão otimistas com relação ao aumento do emprego, pois apenas 17% acreditam que isso possa acontecer. Os investimentos citados devem ser direcionados, sobretudo, para iniciativas envolvendo melhoria de processos, modernização tecnológica e produtividade, seguidos por desenvolvimento de produtos, qualidade e aumento de capacidade produtiva.
O cliente no centro das atenções
Todo esse esforço da indústria encontra um motivo de ser ao se constatar que a estratégia considerada de maior importância para 2015 será a satisfação do cliente, apontada por 62% das empresas. Em um momento de aperto nos cintos de toda economia, baixo crescimento (ou nenhum) do PIB, aumento de juros, impostos e preços (inflação), as empresas estarão mais do que nunca focadas nos clientes que estarão dispostos a comprar, pois a disputa por esses será mais acirrada.
As velhas bolas de ferro no pé
Se a disputa por clientes estará mais acirrada, a sondagem mostra que a carga tributária e encargos sociais elevados são apontados por respectivamente 76% e 63% das empresas abordadas como sendo as principais dificuldades para enfrentar a concorrência no mercado interno. Esse fato é destacado no relatório como fatores que surgem com "incríveis constância.
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