Pontos de destaque

A frota de veículos de Curitiba possui 70% de carros, contra 56% na média nacional.

Transferências de seminovos sobe 10%, enquanto emplacamento de novos tem queda de 5%.

Famílias paranaenses devem gastar R$ 9,6 bilhões com veículo próprio em 2014.

49% das pessoas com intenção de compra de veículo ainda não decidiram a marca, e dão importância a preço, consumo e segurança.

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No último dia 15, a Gazeta do Povo informou queda de 7,8% na venda de veículos novos no comparativo entre o primeiro semestre desse ano, com igual período do ano passado. Além disso, há a percepção de uma economia em franca desaceleração, e já se fala em recessão econômica. Sabe-se que a venda de veículos novos e seminovos é um indicador importante da economia, pelo fato de haver uma grande cadeia de produtos e serviços associados, geração de empregos e impostos, que também são afetados diretamente pelo seu desempenho. Com intuito de trazer uma pequena contribuição para os negócios do setor, são apontados aqui alguns números, que podem colaborar para uma melhor visão desse mercado e possíveis ações.

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Números da frota

Segundo dados do Denatran, o Brasil encerrou 2013 com uma frota de veículos que já passava dos 81 milhões, após anos de recordes em vendas, sendo mais da metade de carros (56%), seguidos por motocicletas (22%), caminhonetes (7%), caminhões (3%) e outros tipos de veículos (12%). A região Sul é responsável por 20% dessa frota, atingindo quase 16,5 milhões de veículos, onde o Paraná representa a terceira maior frota do país e a maior do Sul. São 6,3 milhões de veículos no estado, sendo 1,4 milhões somente na capital. Em Curitiba o perfil é distinto da média nacional, pois são 70% de carros e apenas 9% de motocicletas, enquanto as outras categorias são semelhantes, o que indica um pouco da preferência do curitibano.

Emplacamentos

Somente no ano passado foram emplacados 5 milhões de veículos no país, com 376 mil somente no Paraná, onde Curitiba correspondeu a 31% desse total. A tendência de queda se confirma no estado, onde no primeiro trimestre de 2014 já se observou um número de emplacamentos 5% inferior ao mesmo período do ano anterior, e essa queda chegou a 7% em Curitiba. Já as transferências de seminovos aumentaram 10% no mesmo período.

Gastos das famílias com veículo próprio

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Com uma frota assim, é natural que os gastos das famílias paranaenses seja relevante nessa categoria. Segundo o estudo IPC Maps, a projeção para 2014 é que chegue a R$ 9,6 bilhões no estado, sendo R$ 2,4 bilhões somente na capital. Inclui despesas com combustível, consertos, estacionamento, e itens de manutenção como óleos, lubrificantes, acessórios, peças, pneus e lavagens, e o mais importante, que é a aquisição do veículo próprio.

Público potencial

Saber a ordem de grandeza do público com intenção de compra de automóveis constitui-se em uma informação relevante nesse momento. Os Estudos Marplan (Consolidado 2013 – Grande Curitiba) apontam que cerca de 282 mil pessoas pretendem comprar um caro zero Km. A maioria é de classe BC (90%), possuem até 49 anos (84%) e são casados (63%). Os fatores de decisão mais importantes são preço, consumo de combustível e segurança. Também é importante notar que 49% dessas pessoas ainda não decidiram a marca que vão comprar. Essas características não se alteram muito em relação aos seminovos, cujo público é de 229 mil pessoas com intenção de compra.

Sandro Gomes é sócio-diretor da CrossVision – Consultoria e Assessoria em Gestão de Negócios e Marketing

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