Pontos de destaque

• Marca própria tem participação de 33% em valor na Europa e 5% no Brasil.

• 40% das famílias brasileiras já aderiram ao produto marca própria.

• Consumidores querem qualidade e confiança, além de preço baixo.

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Nas últimas semanas as notícias não tem sido muito animadoras para o cenário econômico brasileiro com a alta da inflação. Além disso, a inadimplência do consumidor aumentou 4% em julho. Em tempos assim, o consumidor freia suas compras e busca economizar. Uma alternativa são os produtos "marca própria", fabricados por terceiros para que as redes de varejo apliquem suas marcas. Segundo a ABMAPRO (Assoc. Bras. de Marcas Próprias e Terceirização), o varejo vem evoluindo nas últimas décadas na maneira de trabalhar com produtos marca própria para agradar ao consumidor, impulsionado mais significativamente a partir da década de 1990 com a chegada de bandeiras internacionais de redes varejistas, a estabilidade econômica e o Código de Defesa do Consumidor.

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Os produtos marca própria atingiram 5% de participação em valor comercializado nos varejos no Brasil, enquanto chega a 33% na Europa, o que mostra o seu potencial. As categorias de Alimentos e Limpeza Caseira são as que têm maior participação de produtos marca própria no Brasil, mas Higiene e Beleza vem ganhando espaço. Cresce também em categorias fora do básico, relacionado a fatores como praticidade, sofisticação e indulgência, segundo Estudo Anual de Marca Própria, da Nielsen.

Tradicionalmente os produtos marca própria trazem o apelo do menor preço, devido a menores custos de comunicação e marketing. Entretanto, os consumidores tem se mostrado mais interessados em produtos que também garantam qualidade e confiança, segundo o estudo da Nielsen. Estima-se que 40% dos lares brasileiros tenham aderido a produtos marca própria e que os consumidores retornam pelo menos três vezes ao ponto de venda na busca desse tipo de produto, após ter experimentado pela primeira vez.

Quem fornece produtos marca própria?

Para garantir o bom equilíbrio entre qualidade e preço, os fornecedores necessitam ajudar o varejo a driblar as oscilações da economia. Um bom exemplo é a Flexicotton, empresa catarinense que fornece produtos marca própria nos segmentos de higiene pessoal à base de algodão, como hastes flexíveis e algodão hidrófilo. Atenta a essa boa aceitação, viu seu faturamento crescer, com 80% da produção voltada a produtos marca própria de redes varejistas, enquanto o restante recebe a marca Bellacotton, da própria empresa. Segundo seu diretor comercial Etienne Gruhier, a empresa pretende manter-se no atendimento ao mercado de marca própria por apostar na crescente adesão do consumidor a esse tipo de produto.

Varejistas e fabricantes podem criar produtos competitivos, que respondam às expectativas do consumidor, desde que invistam em produtos marca própria com recursos adequados, espaço de prateleira, apoio de merchandising e, principalmente, compromisso com a qualidade e confiabilidade. É bom para o consumidor, bom para o varejista e bom para o fabricante.

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