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Overgame

Um mundo aberto para destruição

Cena de Crackdown 2: a história não faz muito sentido, mas a ação frenética e a possibilidade de destruir tudo agradam o gamer | Divulgação/Ruffian Games
Cena de Crackdown 2: a história não faz muito sentido, mas a ação frenética e a possibilidade de destruir tudo agradam o gamer (Foto: Divulgação/Ruffian Games)

De pacífica a cidade de Pa­­cific City só tem o nome. Não é um lugar que estaria entre os mais reco­men­­­­­dados para passar férias. A não ser que se esteja procurando muita violência e zumbis. O maior problema atualmente da cidade é um grupo terrorista denominado de "The Cell", que tenta tomar o con­­trole por meio do caos. A solução es­­­tá nas mãos da "The Agency", úni­­co organismo poilicial que ainda funciona e que conta com uma equipe de "robocops" modernos e bom­­bados, também chamados de "Agents". Em Crackdown 2, game em terceira pessoa ambientado em um mundo aberto (sandbox) lan­­çado no mês passado para Xbox 360, o objetivo do jogador é trazer, mais uma vez, a paz para Pacific City.No meio de tantos tiros e explosões, é um pouco difícil explicar a relação entre zumbis que brotam do chão ("The Freaks") e as ambições da organização criminosa.

O melhor é desistir de entender e assimilar que, por razões diversas, os dois inimigos estão lá e não fazem sentido algum. Na verdade fazem, são corpos que servem de alvo para uma rajada de qualquer coisa que os destruam.

E eles infestam o imenso cenário altamente destrutível. A movimentação livre permite ao personagem andar, correr, escalar construções, entrar em veículos – e há uma boa variedade deles –, nadar e voar. O menu traz as principais in­­formações encontradas em jo­­gos do estilo, como um mapa ajuda na localização dos objetivos e inimigos em uma determinada área. Há também um medidor da carga de munição das armas e de energia vital. Detalhes que não tiram a atenção para o principal: explodir coisas e tentar se manter vivo.

Utilizando muitos recursos dos RPGs, Crackdown 2 se destaca pela grande quantidade de itens disponíveis para coleta – as chamadas de "orbs" – que aumenta o arsenal de armas e veículos, assim co­­mo deixam o protagonista mais forte. Há tantos objetos espalhados pela cidade que é possível tornar o personagem quase invencível, tornando a luta contra inimigos cada vez mais fácil conforme se avança nas fases. Aparentemente, Crack­down 2 foi desenvolvido para cativar os jogadores que gostam de passar boa parte de seu tempo numa aventura com ação frenética e que exija pouco do cérebro. Nada contra, mas é um fórmula cada vez mais em desuso, ainda mais se se levar em conta a grande quantidade de boas ideias que pintam toda semana por meio dos canais de distribuição digitais desenvolvidos por produtoras independentes.

Mesmo com os recursos alocados para proporcionar uma disputa cheia de sangue, o jogo apresenta deslizes. Um dos problemas mais evidentes é a falta de calibragem da Inteligência Artificial dos inimigos. Eles mantêm o mesmo comportamento durante quase toda a aventura, o que demonstra uma falta de refinamento técnico por parte da produtora Ruffian Games.

Multiplayer

São poucas as diferenças entre a pri­­meira versão lançada há alguns anos e a que se está analisando nesta coluna. A produtora quase não mexeu em nenhum aspecto técnico relevante. Deixando até mesmo os gráficos com cara de jogo antigo. Por outro lado, uma pequena novidade acabou fazendo uma enorme diferença: a inclusão de um modo cooperativo on-line para até quatro participantes. Com uma conexão de internet, o jogador pode pe­­dir ajuda para amigos e tornar a missão bem mais fácil e, com isso, levar a paz para a agitada Pacific City.

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