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Overgame

Zumbis em chamas

Burn, Zombie, Burn! é diversão barata e descompromissada | Fotos: Divulgação
Burn, Zombie, Burn! é diversão barata e descompromissada (Foto: Fotos: Divulgação)
Jogadores de Spore já criaram mais de 100 milhões de bichos. E catalogaram |

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Jogadores de Spore já criaram mais de 100 milhões de bichos. E catalogaram

Se o tema não fosse tão recorrente na cultura pop em geral, alguém poderia dizer que este é o ano do zumbi, tal a quantidade de jogos lançados recentemente nos quais se deve matar quantidades gigantescas de mortos-vivos. Só neste ano chegaram às prateleiras uma dezena de títulos, entre eles Dead Rising: Chop Till You Drop, The House of the Dead: Overkill e Resident Evil 5. Burn, Zombie, Burn! (foto 1), disponível para compra na rede on-line do Playstation 3, por um preço bem menor que os concorrentes, provavelmente não é o melhor do estilo. Mas é despretensiosamente divertido.

Bruce, personagem inspirado no ator vetereno Bruce Campell, estrela de filmes de terror como "Uma Noite Alucinante", deve fritar zumbis que vagam pelas ruas. E pode utilizar uma série de apetrechos para facilitar a tarefa: lança-chamas, tochas, pistolas, bastão de beisebol, serra elétrica e bombas. Uma das melhores estratégias é primeiro tacar fogo nos cadáveres ambulantes para só depois escolher a melhor forma de dar fim neles. Cada corpo em chamas aumenta o multiplicador dos pontos ganhos, usados para comprar novas fases.

É preciso, no entanto, tomar cuidado para não queimar todos os inimigos. Os itens e armas só aparecem quando os zumbis são mortos de primeira, sem o uso da tocha. Então é melhor balancear entre uma boa pontuação e o acúmulo de itens. Não se preocupe, os produtores fizeram questão de entupir a tela com muitos monstros. É mirar e atirar em tudo que aparece na tela. Um dos pontos altos é quando se enche por três vezes os medidores de energia das armas. Então, o jogador poderá apertar um botão em algum lugar do cenário que acionará um efeito especial, que pode ser desde uma tempestade até fazer os zumbis dançarem a coreografia do clipe Thriller, do Michael Jackson. Aqui já valeu a compra.

E não basta ser um morto-vivo, é preciso personalidade para sair vagando por aí. Em Burn, Zombie, Burn! há tipos bem interessantes, que exigem do jogador maneiras diferentes para abatê-los. Tem os "normais" que andam vagarosamente em busca de cérebros. Já os "malucos" usam chapéus e perseguem o herói por todo o mapa. Os "dançarinos" tentam confundir e geralmente atacam por trás. Os "nervosos" usam proteção contra tiros e os "infectados" tem-se que matar rápido ou eles se tornam imunes ao lança-chamas. O pior é o "super zumbi", gigante, forte e com problemas estomacais. É melhor chamar um amigo para ajudar na matança.

A ação é frenética e embalada por uma boa seleção de músicas rápidas e que lembra as trilhas sonoras dos filmes clássicos de terror B. Os gráficos são bem acabados, com visão superior do jogo parecida com os antigos fliperamas. A direção de arte preferiu tornar os monstros e cenários em bichos fofinhos, muito parecidos com brinquedos.

Burn, Zombie, Burn! é um jogo simples e com uma temática batida. Não deve estar na lista de desejo da maioria dos jogadores "hardcore". Mesmo sem suporte para jogar online com mais pessoas, seu preço baixo o torna uma excelente opção para se passar horas desligado do mundo real. É importante ressaltar também o empenho dos desenvolvedores em dar um bom acabamento técnico ao jogo. Talvez seja o máximo de boa diversão que se possa ter com apenas US$ 10.

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Milhões de criaturas

Do tamanho da população do México, o 12 º país mais populoso do mundo. Segundo a Eletronic Arts (EA), já são 100 milhões de bichos disponíveis na Sporepedia, site que compartilha as criaturas criadas no jogo Spore (foto 2). A marca foi alcançada em abril. Spore, considerado uma das revelações de 2008, permite que o jogador crie e administre uma civilização desde a criação do primeiro ser vivo. Depois, a criação pode ser compartilhada com outros jogadores, tornando o mundo virtual habitada por uma grande variedade de criaturas. O "simulador de vida" deve ganhar a expansão Galactic Adventures em junho, quando estarão disponíveis novas missões e funcionalidades, como a exploração espacial.

Contra a recessão

Os videogames viraram arma contra recessão nas universidades norte-americanas. De acordo com a Reuters, a mtvU, rede de TV universitária da MTV, anunciou o lançamento online de "Debt Ski", no qual jogadores orientam o porco Piggy Banks a economizar, saldar dívidas e comprar alimentos e casa. O objetivo dos desenvolvedores é ensinar os alunos a administrarem seus recursos em tempos difíceis. Para ficar mais feliz, por exemplo, o porco pode comprar eletrônicos, mas as dívidas aumentam. Em caso de bancarrota, os jogadores recebem dicas de como administrar seus rendimentos. "Os universitários estão enfrentando uma série de questões, da alta nos custos do ensino ao ingresso em um dos mercados de trabalho menos acolhedores das últimas décadas. Os estudantes precisam agir e se tornarem propulsores de criação que gerem mudança social", disse Ross Martin, da MTV360, à agência.

Prejuízo

O último ano fiscal foi terrível para a EA. Em tempos de crise mundial, a produtora revelou que teve um prejuízo superior a US$ 1 bilhão no período encerrado em 31 de março. A receita, entretanto, cresceu 15 % e ficou em US$ 4,2 bilhões. Nos últimos 12 meses, a EA lançou 147 jogos (32 de PC, 26 de Xbox 360, 23 de PS3, 22 de DS, 21 de Wii, 14 de PS2, 8 de PSP e 1 de Xbox). Destes, 31 venderam mais de um milhão de cópias. FIFA 09, Madden NFL 09 e Need For Speed Undercover venderam mais 5 milhões cada um. O setor que mais cresceu foi o de jogos para celulares, com aumento de receita de 24%.

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