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A história que venho contar hoje aconteceu com um grande amigo, o qual admiro profundamente pela trajetória de vida pessoal e profissional. Exatamente por sermos grandes amigos, permitiu-me que eu relatasse sua história aqui na coluna Talento em Pauta. Jeferson é empresário, dono da maior empresa do seu setor na Região Sul. Fundou a companhia há alguns anos, quando ainda jovem, e de lá pra cá "quebrou muito a cabeça" para colocá-la no lugar onde está hoje.

Quando a empresa de Jeferson começou a conquistar mercado, seus filhos eram pequenos, o mais novo ainda criança de colo. Sua esposa, também empresária (dona de uma empresa de outro segmento), levava as crianças para o escritório para que assim pudesse estar perto deles, sem precisar abandonar ao trabalho por conta da maternidade. Jeferson, porém, dizia que seus filhos precisavam se acostumar com a rotina administrativa de ambas as empresas e, assim que os meninos alcançaram uma idade adequada, levava-os também para sua empresa. Sua intenção era que ambos tomassem gosto pelo trabalho do pai, para que um dia pudessem assumir o negócio e dar continuidade a tudo que construiu.

Durante intermináveis conversas com sua esposa, chegaram à conclusão de que a organização mais promissora era a de Jeferson, valendo a pena acostumá-los mais a ela do que à empresa de Esmeralda. Durante a infância e adolescência dos dois rapazes, Jeferson fazia questão que pelo menos uma vez por semanas eles passassem a tarde com ele no escritório. Porém, por mais que tivesse isso planejado, a mãe (por questões de rotina) acaba passando em seu escritório com os meninos quase que diariamente, mesmo que eles nem descessem do carro, enquanto ela entrava para assinar um ou outro documento.

Ao prestarem vestibular, Adriano (o mais velho) escolheu Administração de Empresas e Renato (o mais novo) optou por Marketing. Ambos haviam se acostumado com a rotina das duas empresas e, por conta disso, ficaram em dúvida sobre em qual das duas companhias trabalhar. Anos após o nascimento dos filhos, tanto Jeferson quanto Esmeralda alcançaram sucesso em seus empreendimentos e qualquer uma das empresas que eles assumissem, seria bom. Porém, tinham medo que uma das empresas ficasse sem respaldo.

Foi então que Adriano e Renato comunicaram aos pais a brilhante ideia que tinham tido. Resolveram criar uma terceira empresa, que prestaria serviços administrativos às outras duas, como se fosse a holding das duas companhias. No começo, Jeferson achou inconcebível a ideia dos filhos, até mesmo pelo fato de a empresa de Esmeralda ser de um segmento completamente distinto do seu. Porém, após meses de discussões, entenderam o propósito dos filhos e resolveram ceder.

Jeferson e Esmeralda estão a todo vapor, jovens ainda e com muitas ideias para o futuro. Porém, suas empresas agora são administradas pelos dois filhos. Os dois continuam indo trabalhar, como sempre, mas se dedicam a questões a que antes não tinham muito tempo para se dedicar, como investimentos, por exemplo. Nada acontece sem a palavra final dos dois, mas quem cria, quem define, quem controla são seus filhos.

Admiro o desenrolar dessa história, pois acho coerente o casal ter dedicado tanto tempo à familiarização de seus filhos com as duas organizações. Adriano e Renato cresceram se imaginando donos daquelas empresas e, ao escolher suas profissões, optaram por cursos que os respaldariam para isso. Como administrador, Adriano achou mais prudente montar uma holding, de onde comandaria as duas companhias, e outras que viessem posteriormente, quem sabe! Já Renato, profissional de Marketing, achou meios de fazer as companhias expandirem ainda mais os seus mercados.

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