Fico deveras lisonjeado quando sou convidado por pessoas que aconselhei em algum momento da vida, para verificar os resultados de minhas recomendações. Há pouco tempo, senti uma satisfação muito grande ao saber que a empresa de um antigo amigo saiu do sufoco graças a uma conversa que tivemos. Geraldo veio ao meu escritório já desiludido da vida, acreditando que seus esforços em salvar sua empresa já poderiam ser considerados um fracasso. A empresa com pouco mais de dez anos ia de mal a pior, perdendo espaço para a concorrência que oferecia não somente os mesmos serviços que ele, mas também outros correlacionados àqueles. A empresa, que oferecia soluções em telefonia, havia se tornado referência no mercado logo que foi fundada, porém com evolução tão rápida, vinha perdendo espaço para as outras empresas que acompanharam as modernidades.

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Enquanto Geraldo me contava a história completa de sua empresa e me relatava o momento em que ele notou que perdia seus melhores clientes, percebi que seu maior problema era a obsolescência. Com o mundo cada vez mais tecnológico, a integração de serviços e programas é fundamental. O cliente de hoje busca soluções para todos os seus problemas de uma só vez, de forma a otimizar tempo, capital e esforço. Por isso, a busca por empresas que oferecem tudo num só pacote, cresceu desenfreadamente. Ao passo que a companhia de Geraldo não oferecia o mesmo, as demais pareciam tentadoras e seduziam seus clientes sem pudor algum.

Minha primeira reação foi orientá-lo a implantar novos serviços e competir de igual pra igual com esses concorrentes. Seria o ideal, realmente, mas não vinha ao caso. Da forma em que as coisas caminhavam, Geraldo não tinha meios para isso. Mal tinha dinheiro para pagar as contas, quanto mais para investir na companhia. O brilho em seus olhos desaparecia a cada solução que encontrávamos e constatávamos ser inviável. Até que me surgiu uma ideia que me parecia ser muito óbvia. Se ele não podia oferecer tudo, por que não se aliar a alguém que estivesse no mesmo barco?

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Sugeri que ele procurasse, antes de desistir de sua empresa, algum outro empresário que oferecesse serviços complementares aos seus. E não precisamos quebrar muito a cabeça para encontrar uma empresa nesses padrões. Naquele dia, Geraldo saiu de meu escritório cheio de esperanças e após alguns dias me ligou pra contar que tinha firmado uma parceria com o tal empresário. A partir dali, podia abordar seus clientes oferecendo um serviço muito mais completo. E o esforço comercial, o que era melhor, era duplicado, pois os dois focavam suas forças em angariar novos clientes.

O resultado disso foi um casamento muito saudável. Pouco mais de seis meses após o início da parceria, as duas empresas viram seus lucros voltarem a dar sinais de recuperação. A outra empresa, que não estava tão mal quanto a de Geraldo, expandia suas operações para dar conta da demanda e meu amigo, veja só, ria da situação ruim deixada no passado.

Na visita que fiz a empresa dele, percebi a diferença que fiz ali. Seus funcionários respiravam um ar de cumplicidade e a palavra de ordem era parceria. E não só entre as empresas, mas sim entre os funcionários, que entenderam a importância de um complementar o outro, fazendo com que a união das forças de ambos fosse tomada como parâmetro para quaisquer atividades, decisões e processos. Antes disso, eu já tinha alguns bons parceiros, cada um para uma finalidade. Mas depois disso, a minha própria empresa é uma que busca frequentemente parceiros capazes de deixar meus clientes muito mais felizes.

Não deixe de conferir novidades sobre Parceria na próxima terça-feira, 15 de dezembro. Siga-me no twitter: @bentschev.