Nunca o mercado de trabalho foi tão exigente quanto à atualização dos profissionais. Ao longo de suas carreiras, os profissionais precisarão voltar algumas vezes à sala de aula para que se mantenham profissionais competitivos e atualizados. Desse modo, buscar novos conhecimentos não é só necessário quando estamos em busca de novas colocações no mercado, mas também para manter um bom desempenho em seu trabalho atual.

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Percebo que o fator que induz muitos profissionais à estagnação é talvez pensar que já alcançaram a estabilidade e que por isso não há mais a obrigação de buscar atualizações ou continuar os estudos. Um fato é certo, isso não é verdade, o profissional, por mais experiente que ele possa ser nunca terá conquistado o "Everest" do conhecimento. Afinal, o tempo corre muito mais rápido hoje em dia e há avanços tecnológicos, acadêmicos, organizacionais, por exemplo. Há então a necessidade de pessoas por traz disso.

No artigo de hoje contarei a história de Celso, um profissional de 57 anos, que acabou sendo desligado após 15 anos de atuação em uma empresa do setor automotivo. Celso não era um profissional obsoleto e parado no tempo, muito pelo contrário. Buscava atualizações continuamente. No momento em que Celso foi desligado ele já estava cursando seu segundo MBA, e uma terceira língua. Agora você deve estar se perguntando, por que ele teria sido demitido? Como já citei algumas vezes aqui, desligamentos fazem parte da trajetória organizacional e todos nós precisamos estar preparados para esse momento. Quando seu trabalho não está atingindo os melhores resultados, não quer dizer que você não seja um bom profissional, apenas, naquele momento, precise dar uma repaginada na sua vida. E, em alguns casos, até necessite ser desligado.

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Foi exatamente o que aconteceu com Celso. Seu trabalho vinha em um ritmo muito desgastante. Situado em um ambiente de pressão constante, Celso não aguentou o ritmo e as cobranças e acabou sendo afastado. Nesse momento, ele pensou que sua carreira teria chegado ao fim. Como um profissional sênior como ele, poderia conseguir uma recolocação no mercado? Sinceramente, pode não ser uma busca muito fácil, porém, não é impossível.

Após participar de um programa de Outplacement, que funciona como uma orientação feita por profissionais de Recursos Humanos, a fim de ajudar o profissional a encontrar uma nova recolocação no mercado, Celso decidiu montar uma empresa de consultoria, e orientado pelos profissionais de RH, começou a alimentar sua rede de relacionamentos. Em virtude desse trabalho de networking, Celso recebeu um convite para trabalhar em uma empresa do mesmo ramo da sua antiga colocação e, coincidentemente, com a mesma remuneração da antiga empresa. Hoje, já está fazendo seu sexto aniversário lá e, ao contrário do que muitos pensavam, conseguiu uma excelente colocação.

Nesse caso, podemos concluir que sua recolocação não foi tão difícil como Celso imaginava. Francamente, não é uma situação comum. O que influenciou na recolocação de Celso foi ele não ter cristalizado no tempo, de ter mantido uma atualização educacional mesmo estando há muito tempo na antiga empresa. Há de ressaltar um ponto muito importante nesse processo, que foi a atenção dada ao networking. Trabalhar as redes de relacionamentos é comprovadamente o maior índice de recolocações profissionais. Por isso, construir boas relações ao longo da vida poderá influenciar muito no futuro.

Além de tudo, não podemos nos esquecer dos aspectos comportamentais. Possuir um currículo brilhante e não trabalhar questões como comunicação verbal, ansiedade, trabalho em equipe, entre muitos outros, também prejudicam o futuro do profissional. No artigo de terça-feira, falaremos mais sobre a reciclagem profissional e algumas maneiras para fugir da obsolência. Até lá!

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