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Talento em pauta

Redes sociais e o ambiente corporativo

A intensificação do uso das redes sociais – sejam redes de relacionamentos profissionais, comunitárias ou políticas – dá aos usuários a oportunidade de dividir informações, compartilhar conhecimentos, interesses e objetivos em comum. Observamos, nos últimos anos, novas utilidades surgirem para estas redes. Um bom exemplo é o de SAC.

Jogar a insatisfação na rede é muito mais fácil que tentar resolver o problema pacificamente via telefone, além de ser mais nocivo às empresas. Apesar de este ser apenas um exemplo de uso diferente de rede social, o que desejo abordar neste artigo diz respeito ao mau aproveitamento destas ferramentas, além do uso não profissional durante o trabalho.

Zelo com o perfil

Começo com um alerta aos profissionais presentes em uma rede específica: o LinkedIn. A preocupação deve ser maior nesse ambiente pois, quando falamos de busca profissional, 80% dos recrutadores utilizam esta ferramenta para procurar candidatos e 70% das empresas para procurar potenciais funcionários. Além disso, ela também prova sua eficiência e qualidade no público frequentador pelo índice de 41% de sucesso dos negócios feitos pela rede.

Por isso, é importantíssimo dedicar-se à construção de um perfil completo, sucinto e com palavras-chave bem-escolhidas. Isso é determinante para que as empresas e recrutadores conheçam as principais aptidões dos profissionais que procuram, e torna a busca mais rápida, fácil e precisa.

A construção de um belo perfil pode, porém, se revelar uma traiçoeira armadilha caso suas atividades estejam incompatíveis com o que o perfil mostra. Como muitos usuários misturam os contatos pessoais e profissionais na mesma conta, sobretudo no Facebook (pois poucos têm a paciência ou o cuidado de separá-los em contas distintas), acabam se esquecendo de que estão na rede de outros profissionais e podem colocar ralo abaixo suas reputações em posts com fotos excessivamente libidinosas ou comentários voláteis a respeito de assuntos polêmicos. Outro erro comum é se candidatar a todas as posições encontradas na rede. Nesses casos o recrutador pode encarar com maus olhos o candidato, por não possuir foco algum na carreira.

No trabalho

Apesar das redes sociais possuírem qualidades produtivas, é importante ter cautela no seu uso durante o trabalho. O problema, aliás, não reside na utilização desses sites apenas, mas da dispersão do foco com e-mails pessoais, sites de notícias e de entretenimento. O uso indiscriminado pode, sim, prejudicar o desempenho e a reputação profissional.

Algumas empresas proíbem o uso bloqueando sites, monitorando acessos ou até mesmo impondo horários de navegação livre. Apesar de ser uma medida geralmente eficaz, empresas inteligentes não agem com qualquer tipo de supressão virtual. Mesmo porque quase todo celular tem acesso a esses recursos hoje em dia. Serão o bom senso e o desempenho que irão impor limites ao crescimento ou à remoção de um profissional da equipe.

É notável que não vivemos mais sem essa rede virtual e as ferramentas que ela nos oferece. A tendência é que as empresas se tornem cada vez mais flexíveis nesse aspecto, afinal de contas, as novas gerações já estão praticamente conectadas.

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