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Talento em pauta

Sr. empreendedor, porque não fazer negócios no exterior?

São muitas as estratégias que podem ajudar a alavancar o crescimento de uma empresa. Além do crescimento natural da demanda por este ou aquele produto ou serviço, empresários ampliam o portfólio, diversificam os produtos vendidos (para competir em novos nichos/segmentos, por exemplo) e conseguem "roubar" a fatia de mercado da concorrência. Sendo assim, buscar novos mercados, e aqui ressalto o exterior, é também uma estratégia a ser considerada quando se pensa no crescimento da empresa.

Quando falamos em "exterior", geralmente pensamos em empresas de grande porte, prestes a se tornar multinacionais ou a entrar na bolsa de valores. Entretanto, muitos micro e pequenos empreendedores, bem como pequenas e médias empresas, também têm a possibilidade de começar a faturar em outras moedas, sejam ienes, libras, dólares ou pesos.

No artigo de hoje, gostaria de lhes contar a história de Franco, que aos 35 estava em um cargo de alta hierarquia em uma empresa renomada e decidiu deixar seu emprego para se aventurar no mercado internacional como um "miniempresário".

Franco possuía uma grande rede de amigos, inclusive no exterior, já que costumava viajar frequentemente para os Estados Unidos. Esse era, inclusive, um de seus destinos preferidos. Em uma de suas últimas viagens à Flórida, seu espírito empreendedor falou mais alto e logo enxergou um nicho de mercado que poderia ser explorado e render muitos frutos. O negócio em questão era o artesanato. Franco percebeu o interesse do público americano nesses objetos e decidiu que a próxima vez que voltasse ao país seria para vender a arte brasileira em solo americano.

Dedicou os últimos dias de viagem para conhecer os interesses daquele mercado, entender o perfil dos futuros e possíveis compradores e quais produtos poderiam lhe interessar. Afinal, como em qualquer negócio, o empresário deve conhecer os ambientes estratégicos que envolvem uma negociação, bem como os estilos praticados em uma cultura completamente diferente da sua.

Logo que retornou ao Brasil, procurou consultorias e empresas especializadas em exportação, recebeu diagnósticos específicos e dicas de alguns bons fornecedores para que ele entrasse em contato. Além disso, encontrar produtos interessantes foi uma das tarefas mais fáceis, afinal, o Brasil é um fornecedor exímio desse tipo de arte e o que não falta é a diversificação de produtos.

Em sua primeira viagem, contou com uma pequena carga, que logo foi liquidada em apenas três dias. Em sua primeira vez, lucrou o triplo do investido, e desde então não parou mais. Decidiu largar o seu cargo de diretor e se dedicar a esse negócio que tinha potencial para ser muito lucrativo. Afinal de contas, as vantagens eram numerosas. De início, não possuía concorrentes, o câmbio estava favorável, e o idioma e os aspectos culturais que podem prejudicar muitos interessados no mercado externo não assustavam Franco, que já estava plenamente habituado com o ambiente americano.

Desde que Franco começou esta empreitada já se passaram 20 anos, e o negócio dele continua um sucesso. Hoje, ele vende três contêineres por ano e lucra cerca de 300 mil reais em cada um deles. Um empreendimento que poderia nunca ter dado certo se ele não tivesse tentado.

Assim como Franco, qualquer pessoa ou empresa pode buscar alternativas para o seu negócio no exterior. Muitas vezes, a empresa tem o potencial, mas não aproveita essa oportunidade que pode ser muito proveitosa. O importante é realizar um estudo interno e externo do seu negócio, analisar suas motivações, pontos fortes e fracos, a atuação dos seus concorrentes e perceber se esses são o caminho e o mercado corretos para investir.

No artigo de terça-feira falarei sobre como realizar essa análise e darei dicas de algumas empresas que podem ajudá-lo a buscar novos mercados para o seu negócio. Até lá!

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