O termo startup já tem sido tratado como sinônimo de uma ideia inovadora, que pode ser lucrativa e se transforma em negócio. Do mesmo modo, também pode ser atribuída para empresas que possuem jovens em sua construção ou no comando. O surgimento do termo startup, porém, não é tão recente, como muitos imaginam. Ele começou a ser usado na década de 90, para as empresas que surgiam no ciberespaço, como o Google, por exemplo.

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Hoje, entretanto, podemos definir startup como uma nova empresa, de pequeno porte, mas com perspectiva de crescimento rápido. Por geralmente serem ideias inovadoras, mergulham em um mercado inexplorado, sem saber efetivamente se a ideia dará certo ou não.

Abrir uma startup

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Além de ter uma grande ideia, o empreendedor precisa analisar o mercado já existente, quais são os produtos ou serviços que se assemelham com a nova ideia, os concorrentes, possíveis consumidores e, desse modo, avaliar a rentabilidade da ideia.  Após isso, como qualquer outra empresa, é indispensável cuidar do lado burocrático, ou seja, ter um CNPJ, entre outros.

Correr atrás de investimentos

Depois do momento da concepção da ideia, é preciso tirá-la do papel. E sem um investimento é quase impossível implementar o novo projeto com êxito. A questão é que nem as melhores das melhores ideias conseguem ser desenvolvidas sem um aporte financeiro. É nesse momento que podem entrar as incubadoras, aceleradoras ou os "investidores anjo" para dar subsídio e mentoria como propulsores dessas novas empresas.

A primeira antes citada, as incubadoras, dizem respeito a organizações sem fins lucrativos que oferecem apoio nos primeiros anos de existência dessas iniciativas, a fim de prepará-las para uma inserção no mercado de maneira proveitosa. Em segundo lugar, estão as empresas aceleradoras, que, ao contrário das incubadoras, oferecem aportes de dinheiro para acelerar o crescimento do negócio em troca de uma participação nos resultados. Como terceira opção, existe o investidor anjo, uma pessoa física que apoia financeiramente o projeto, tornando-se sócio dele. Para quem não tem todo o capital necessário para iniciar o negócio, essa é uma ótima solução para tirar a ideia logo do papel.

Se tudo isso ainda não for possível, o empreendedor pode contar com financiadores como o BNDES, a FINEP – Agência Brasileira de Inovação ou até mesmo bancos privados. Como incentivo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação criou um programa chamado Startup Brasil, que visa escolher 100 startups de todo o país para receber bolsas no valor de R$ 200 mil reais aplicados em pesquisa e desenvolvimento, sempre acompanhadas por aceleradoras durante todo o programa. Três edições dessas estão previstas entre 2013 e 2016.

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Planejamento

Além disso, podemos levantar alguns pontos que podem fazer toda a diferença na fundação dessas startups. Primeiramente, o empreendedor precisa mergulhar de cabeça no projeto, e não encará-lo apenas como um hobby ou um trabalho extra. A maioria das iniciativas que dão certo têm seus fundadores presentes em sua plenitude, e não só pela metade. Logo depois, é preciso elaborar um plano financeiro para testar a viabilidade do negócio, e estrutura-lo de modo condizente com a real situação do mercado. Dentro do plano, é interessante traçar outros três subplanos. Um pessimista, outro conservador e por último, um otimista. Com distribuições de orçamentos diferenciados, e de previsões opostas, para enxergar a empresa por diferentes cenários.

Enfim, é essencial realizar uma análise desses subplanos e escolher qual mais se adapta ao perfil da empresa e da ambição do criador. Em conjunto, estabeleça metas e, caso o projeto não tenha alcançado o mínimo de retorno desejado em um ano, o abandono do projeto é recomendado – a maioria dos aceleradores adota essa postura nesses casos. O abandono de um projeto também precisa ser pensado estrategicamente, antes que o insucesso acabe prejudicando o empresário e os investidores. E não se esqueça: uma startup só é viável no Brasil se, mesmo com toda a carga tributária, ela ainda for financeiramente saudável.

Por fim, lembro-me de uma frase do discurso intitulado "Como viver antes de morrer", de Steve Jobs, em que ele encorajou os estudantes da universidade de Stanford a correr atrás do que eles mais amam, proferindo a frase "Mantenha-se faminto. Mantenha-se tolo". Nesse caso, a fome refere-se a não se sentir satisfeito ou confortável com facilidade, e a tolice refere-se a não pensar que se sabe tudo e, com isso, continuar aprendendo coisas novas. Portanto, se você tem uma boa ideia e acredita nela, aproxime-se das fontes investidoras e de quem pode torná-la realidade e dedique-se ao máximo ao seu projeto. Pois ele pode, sim, dar certo. Boa sorte!

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