DICAS
Ao invés de ficar imaginando se você será o próximo a ser demitido, coloque ainda mais as mãos na massa e mostre resultados à empresa;
- Não deixe que esse medo tome conta de seus pensamentos e modifique sua forma de agir;
- Fuja das fofocas e tente não ficar adivinhando o que pensam seus superiores;
- Na dúvida, cobre um feedback de seu chefe;
- Seja sempre sincero consigo mesmo. Você tem feito por merecer continuar na empresa ou anda pisando na bola?;
- Cuide de sua imagem. Pode ser que as pessoas estejam lhe enxergando de uma forma diferente do que você quer passar.
Como todos sabem, trabalho na seleção e recrutamento de executivos e um dos maiores prazeres da atividade que exerço é ver os profissionais satisfeitos por terem sido escolhidos para as melhores vagas do mercado. É, realmente, bonito de ser ver. Melhor ainda, aliás, ver a satisfação de nossos clientes em saber que enfim terão os profissionais que tanto esperavam. Porém o contraponto dessa felicidade é, justamente, os nossos outros clientes, os assessorados de outplacement que, infelizmente, acabaram de ser desligados das empresas onde trabalhavam e precisarão enfrentar todo o processo de prospecção de uma nova colocação no mercado de trabalho.
As pessoas costumam ter tanto medo da demissão que não conseguem nem se imaginar recebendo tal notícia. E, muitas vezes, ninguém lembra que todos os contratos são bilaterais e podem ser rescindidos a qualquer hora por qualquer uma das partes, basta haver um motivo para isso.
O grande problema, na maioria dos casos, é a reação da família perante a situação. Muitos profissionais, inclusive, postergam o quanto podem o anúncio aos familiares na expectativa de conseguirem resolver o problema sem ter de passar por isso. É como se a ficha demorasse a cair, como se fosse possível reverter de alguma maneira, o que não é verdade. Conheço casos, inclusive, de profissionais que continuavam suas rotinas, saindo e voltando para casa nos horários habituais para que ninguém percebesse as mudanças. A diferença é que iam para qualquer lugar, cinema, cyber café ou qualquer outro espaço onde pudessem esperar o tempo passar.
Aliás, quanto mais a pessoa tiver baixa autoestima, mais dificuldade em enfrentar o problema. Essas pessoas não acreditam ser capazes de arrostar o mercado de trabalho, pois não se consideram boas o suficiente para concorrer a uma nova vaga de trabalho. Isso não é verdade! Há vagas boas espalhadas por aí e, certamente, haverá um espaço para cada um. Relembro, apenas, as questões que sempre cito: é preciso estar à altura dessas vagas, pois elas existem, o que faltam são profissionais capacitados. Então, ao invés de ficar se lamentando em casa por ter perdido o emprego, bola pra frente e vá em busca de sua melhora como profissional.
A angústia é grande, concordo, pois o sentimento dos profissionais desligados é o de impotência. Agem como se nada pudessem fazer diante da situação. Não sabem ao certo como lidar com as finanças dali para frente e, por isso, muitas vezes acabam metendo os pés pelas mãos, endividando-se antes da hora. Concordo que não é uma situação simples. Porém chamo a atenção para a importância em manter a calma, caso contrário coisas erradas serão feitas, realmente.
O medo da demissão é um vilão contra o bom desempenho. No ano de 2009, por exemplo, quando tivemos várias demissões e reajustes nos quadros funcionais de muitas empresas, esse receio foi algo que povoou a cabeça de muitos profissionais. Enquanto viam seus colegas serem desligados um a um, ficavam imaginado se seriam os próximos a receber a notícia. Ao invés de trabalhar ainda mais para mostrar resultados, envolviam-se em fofocas, perdiam horas planejando suas vidas (caso isso acontecesse) e deixavam de lado suas tarefas. O resultado? Drástica baixa na produção e consequente demissão.
Ora, o medo é um sentimento que faz parte de nossas vidas. É como o medo da morte, se deixarmos que ele nos corroa, deixaremos de viver. O mesmo vale para o medo da demissão, se deixarmos que ele tome conta de nossos pensamentos, não trabalharemos a contento, o que jogará contra a gente mesmo. Vejo diariamente pessoas passando por desligamentos e não é fácil, realmente. Mas, esses incidentes da vida muitas vezes não são possíveis de se prever. À medida que eles acontecem é preciso entender e acatar a situação. Quanto mais negarmos o que a vida nos impõe, pior.
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TESTE
Você tem medo de ser demitido? Isso está te atrapalhando no trabalho? Assinale com um "X" as frases que coincidem com sua forma de pensar:
1. ( ) Tenho medo de ser demitido e não conseguir um novo trabalho.
2. ( ) Receio ser taxado de incompetente por ter sido demitido.
3. ( ) É necessário competir com os colegas de trabalho para garantir o meu lugar na empresa.
4. ( ) Acredito que ser demitido é uma grande humilhação.
5. ( ) Não me sinto preparado para buscar uma nova colocação no mercado.
6. ( ) Minha rede de relacionamentos é muito restrita para me auxiliar na busca de um novo trabalho.
7. ( ) A concorrência dos processos seletivos é muito grande, dificultando a minha recolocação.
8. ( ) Não saberia como encarar minha família caso eu seja demitido.
9. ( ) Uma das minhas maiores preocupações é como vou sustentar minha família.
10. ( ) Para me garantir no trabalho procuro ser amigo de meu chefe.
11. ( ) Só em pensar que posso vir a ser demitido, fico muito nervoso.
12. ( ) Em períodos de crise, quando se cogitam possibilidades de demissões, fico tenso e tenho dificuldade em me concentrar em meu trabalho.
13. ( ) Tenho tendência a assumir muitas responsabilidades. Desta forma me torno indispensável para a empresa.
14. ( ) Evito assumir riscos para evitar a possibilidade de errar.
15. ( ) Tenho tendência a adiar minhas férias por receio de ser demitido.
Medo da demissão é comum, mas ficar pensando nela o tempo todo pode lhe causar um efeito contrário ao seu objetivo. Não deixe que o medo lhe domine e afete a sua performance no trabalho. E prepare-se. Quanto mais preparado você estiver, menor a chance de ser demitido.