É poético, romântico e até clichê. O brasileiro é um povo caloroso e sentimental. As relações de negócios em nosso país não são estritamente racionais e profissionais como na maioria dos países do Hemisfério Norte, por exemplo. Os brasileiros possuem mais intimidade nas relações profissionais e, mais que isso, desejam amar suas profissões.
Segundo o instituto francês Leadership, 96% dos brasileiros gostam de ir ao trabalho. Além disso, grande parte dos jovens da Geração Y já escolheu sua profissão baseado naquilo que gosta de fazer. No entanto, ainda há muitos jovens que optam por Medicina, Direito ou Engenharia, por exemplo, pensando apenas na remuneração.
Escolher uma profissão apenas pela renda que ela pode oferecer é uma atitude perigosa. A paixão pelo dinheiro, na verdade, é perigosa. Não é errado, já que amor não paga as contas ao final do mês, mas viver pelo dinheiro pode ter como consequência profissionais antiéticos e desumanos. Há uma série de áreas e profissões em que percebo muitos profissionais mais focados no cheque que seus clientes irão entregar do que no verdadeiro objetivo da profissão.
Costumo dizer que quando você ama aquilo que faz, estuda porque gosta de estudar, trabalha porque aquilo lhe traz prazer, vive com menos estresse e maior qualidade de vida. Essas condições são favoráveis para um crescimento de carreira saudável, ao passo que um trabalho sem amor pode ser altamente desgastante, trazendo frustrações cada vez maiores ao profissional.
Entretanto, como disse anteriormente, ninguém vive de amor ou paixão. Em nossa sociedade, pagamos por comida, casa e saúde com dinheiro, portanto ele deve ser sempre levado em consideração quando o assunto é trabalho.
Mudar de carreira depois dos 30
Alguns profissionais entre 35 e 45 anos de idade alcançam um momento da vida profissional que não aguentam mais exercer determinadas atividades. Uns porque a remuneração, mesmo que seja satisfatória, não lhes agrada em termos de qualidade de vida e felicidade. Outros porque fizeram a escolha errada e frustraram-se com a realidade da profissão. Independente de qual seja o motivo, muitos profissionais nessa faixa etária estão desesperados para mudar de carreira, porém receosos a fazê-lo pelo risco financeiro envolvido.
Nesses casos, minha dica é criar um plano B. Não é necessário abrir mão de tudo que foi conquistado para aventurar-se em novos caminhos. Isso, além de arriscado, pode transformar-se em uma frustração ainda maior no futuro. Ainda há a questão familiar: quando se é jovem, os riscos são menores; porém, quando a situação envolve filhos e família, a responsabilidade aumenta junto com o medo de arriscar.
É aí que entra o plano B, que funciona da seguinte forma: ao mesmo tempo que você mantém sua atual profissão (plano A), aos poucos desenvolve competências, organiza, cria metas e objetivos para consolidar o plano B. Aos poucos, este deve substituir o primeiro.
Explico melhor: um gerente financeiro que desistiu de trabalhar com números e deseja abrir um restaurante, por exemplo, não irá largar a posição de gerente antes do novo plano estar consolidado. Quando estiver, o plano B substituirá o A, diminuindo os riscos e as chances de ficar financeiramente instável.
Ao descobrir aquilo que ama fazer, garanto que não irá mais trabalhar, irá se divertir. Existem momentos bons e ruins em todo tipo de carreira, mas quando se trabalha com paixão (sim, é possível), os prós são bem maiores que os contras.
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