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Diesel

Com a falta de diesel S500, venda do S1800 é liberada na RMC

Distribuidoras não têm o diesel S500 para comercializar, e os postos estão ficando com as bombas secas | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Distribuidoras não têm o diesel S500 para comercializar, e os postos estão ficando com as bombas secas (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

A falta do óleo diesel S500 nos postos de combustível da região metropolitana de Curitiba (RMC) fez com que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) liberasse a comercialização do diesel S1800 nesta sexta-feira (9). De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), a liberação é restrita à RMC e se trata de uma medida emergencial válida apenas para esta sexta.

A assessoria de imprensa da ANP não confirmou, por volta das 20 horas, a informação do sindicato. A ANP disse que apenas que a previsão é de que o problema com o S500 seja resolvido até a madrugada de sábado (10).

O S1800 é mais poluente do que os demais tipos de diesel, pois contém 1,8 mil partes por milhão (ppm) de enxofre em sua composição. O uso deste produto vem sendo restringido no Brasil desde 2009. Até o fim de 2013, o S1800 será totalmente abolido no país.

A partir de 1º de março, os postos de combustíveis de capitais e regiões metropolitanas deixaram de comercializar o S1800, por determinação da ANP, e estavam autorizados a vender os tipos S500 (500 partes por milhão (ppm) de enxofre) e S50 (50 partes por milhão (ppm) de enxofre).

Postos da RMC e do interior - principalmente os estabelecimentos localizados às margens das rodovias – tiveram problemas na quinta-feira por causa de contingenciamento no fornecimento de óleo diesel na Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), em Araucária, na RMC.

Em Londrina, a situação foi normalizada nesta sexta-feira, segundo o vice-presidente do Sindicombustíveis-PR, Durval Garcia Junior. De acordo com o vice-presidente,nenhum estabelecimento da cidade relatou a falta do combustível.

Em boa parte dos casos, em vez dos 45 mil litros recebidos em dias normais, os postos recebiam cerca de 5 mil litros do combustível. De acordo com a Petrobras, no entanto, a situação já começará a ser normalizada nesta sexta-feira.

Transporte público está assegurado

O diesel S500 também é utilizado na frota de ônibus do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. De acordo com o diretor de Transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo, não há risco de que os ônibus deixem de circular por falta de combustível. Se o problema não for solucionado e persistir nos próximos dias, outro tipo de diesel será utilizado para abastecer os veículos. Neste caso, segundo ele, será usado o S50, que custa mais. Ainda assim, segundo a Urbs, não haveria impacto financeiro para a população.

Em Ponta Grossa, a Viação Campos Gerais tem combustível para sexta e sábado. A empresa usa 20 mil litros diários nos 200 ônibus da frota, e a assessoria de imprensa informou que a empresa confia no compromisso de entrega das refinarias.

O problema de abastecimento também não deve afetar os ônibus do transporte coletivo de Londrina. Segundo o secretário do sindicato da categoria, Gil­dalmo Mendonça, as empresas trabalham com grandes estoques. Ele disse também que os fornecedores não comunicaram qualquer tipo de problema no abastecimento.

Colaboraram Luiz Carlos da Cruz, correspondente em Cascavel, Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa, e Daniel Costa, do Jornal de Londrina.

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