Distribuidoras não têm o diesel S500 para comercializar, e os postos estão ficando com as bombas secas| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Tipos de diesel

Com o objetivo de fazer com que o país adote padrões menos poluentes do diesel, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) vem alterando os regulamentos da produção e comercialização dos tipos de diesel.

S1800

Com 1,8 mil partes por milhão (ppm) de enxofre em sua composição, este diesel é considerado extremamente poluente e seu uso vem sendo restringido no Brasil desde 2009. Até o fim de 2013, o S1800 será totalmente abolido no país.

S500

Menos poluente, este padrão foi adotado como intermediário à adoção de novos combustíveis. Atualmente, é o diesel mais utilizado no país. Em 1º de março, 311 municípios paranaenses onde o S1800 era permitido tiveram de adotar o S500.

S50

Provocou grandes mudanças para o setor no país. Em janeiro deste ano, todas as montadoras nacionais de ônibus e caminhões foram obrigadas a produzir modelos com motores adequados a este tipo de diesel. Sua venda ocorre desde 2009, mas neste ano ele chegou a todo o país.

S10

O menos poluente dos tipos de diesel, ainda não é vendido no Brasil, mas o objetivo da ANP é torná-lo obrigatório em todo o país até janeiro de 2013.

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A falta do óleo diesel S500 nos postos de combustível da região metropolitana de Curitiba (RMC) fez com que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) liberasse a comercialização do diesel S1800 nesta sexta-feira (9). De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), a liberação é restrita à RMC e se trata de uma medida emergencial válida apenas para esta sexta.

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A assessoria de imprensa da ANP não confirmou, por volta das 20 horas, a informação do sindicato. A ANP disse que apenas que a previsão é de que o problema com o S500 seja resolvido até a madrugada de sábado (10).

O S1800 é mais poluente do que os demais tipos de diesel, pois contém 1,8 mil partes por milhão (ppm) de enxofre em sua composição. O uso deste produto vem sendo restringido no Brasil desde 2009. Até o fim de 2013, o S1800 será totalmente abolido no país.

A partir de 1º de março, os postos de combustíveis de capitais e regiões metropolitanas deixaram de comercializar o S1800, por determinação da ANP, e estavam autorizados a vender os tipos S500 (500 partes por milhão (ppm) de enxofre) e S50 (50 partes por milhão (ppm) de enxofre).

Postos da RMC e do interior - principalmente os estabelecimentos localizados às margens das rodovias – tiveram problemas na quinta-feira por causa de contingenciamento no fornecimento de óleo diesel na Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), em Araucária, na RMC.

Em Londrina, a situação foi normalizada nesta sexta-feira, segundo o vice-presidente do Sindicombustíveis-PR, Durval Garcia Junior. De acordo com o vice-presidente,nenhum estabelecimento da cidade relatou a falta do combustível.

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Em boa parte dos casos, em vez dos 45 mil litros recebidos em dias normais, os postos recebiam cerca de 5 mil litros do combustível. De acordo com a Petrobras, no entanto, a situação já começará a ser normalizada nesta sexta-feira.

Transporte público está assegurado

O diesel S500 também é utilizado na frota de ônibus do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. De acordo com o diretor de Transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo, não há risco de que os ônibus deixem de circular por falta de combustível. Se o problema não for solucionado e persistir nos próximos dias, outro tipo de diesel será utilizado para abastecer os veículos. Neste caso, segundo ele, será usado o S50, que custa mais. Ainda assim, segundo a Urbs, não haveria impacto financeiro para a população.

Em Ponta Grossa, a Viação Campos Gerais tem combustível para sexta e sábado. A empresa usa 20 mil litros diários nos 200 ônibus da frota, e a assessoria de imprensa informou que a empresa confia no compromisso de entrega das refinarias.

O problema de abastecimento também não deve afetar os ônibus do transporte coletivo de Londrina. Segundo o secretário do sindicato da categoria, Gil­dalmo Mendonça, as empresas trabalham com grandes estoques. Ele disse também que os fornecedores não comunicaram qualquer tipo de problema no abastecimento.

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Colaboraram Luiz Carlos da Cruz, correspondente em Cascavel, Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa, e Daniel Costa, do Jornal de Londrina.