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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Embora ainda faltem detalhes para uma avaliação mais precisa, o acordo entre as duas maiores cervejarias do mundo, a AB InBev e a SABMiller, anunciado na terça-feira (13), afastou um temor do mercado de que a subsidiária brasileira Ambev seria envolvida na operação, afetando negativamente os minoritários. Mas, ainda que não participe da transação, a Ambev poderia se beneficiar do negócio.

A companhia teria como explorar o grande portfólio de marcas da SABMiller nas regiões em que atua. Algo parecido ocorreu com a compra do Grupo Modelo, sediado no México e dono da marca Corona. A Ambev tem vendido a marca em vários países e, com isso, conseguiu aumentar suas vendas no Canadá.

O acordo da AB InBev e a SABMiller cria uma gigante responsável por uma em cada três cervejas consumidas no mundo. A AB InBev tem entre os seus principais acionistas os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

No mercado brasileiro, porém, a Ambev deve ser pouco beneficiada. “A companhia já tem um portfólio muito grande e trazer algo novo talvez significaria perda de foco”, diz um executivo do setor que pediu para não ser identificado.

No Brasil, a participação de mercado da SABMiller é pouco expressiva. Aqui, a companhia firmou em 2014 um acordo de produção e distribuição com o Grupo Petrópolis, dono da Itaipava. O acordo com a InBev deve pôr fim aos planos de produção e venda da marca Miller no mercado nacional, um impacto negativo para o Petrópolis.

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