Embora ainda faltem detalhes para uma avaliação mais precisa, o acordo entre as duas maiores cervejarias do mundo, a AB InBev e a SABMiller, anunciado na terça-feira (13), afastou um temor do mercado de que a subsidiária brasileira Ambev seria envolvida na operação, afetando negativamente os minoritários. Mas, ainda que não participe da transação, a Ambev poderia se beneficiar do negócio.
A companhia teria como explorar o grande portfólio de marcas da SABMiller nas regiões em que atua. Algo parecido ocorreu com a compra do Grupo Modelo, sediado no México e dono da marca Corona. A Ambev tem vendido a marca em vários países e, com isso, conseguiu aumentar suas vendas no Canadá.
O acordo da AB InBev e a SABMiller cria uma gigante responsável por uma em cada três cervejas consumidas no mundo. A AB InBev tem entre os seus principais acionistas os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
No mercado brasileiro, porém, a Ambev deve ser pouco beneficiada. “A companhia já tem um portfólio muito grande e trazer algo novo talvez significaria perda de foco”, diz um executivo do setor que pediu para não ser identificado.
No Brasil, a participação de mercado da SABMiller é pouco expressiva. Aqui, a companhia firmou em 2014 um acordo de produção e distribuição com o Grupo Petrópolis, dono da Itaipava. O acordo com a InBev deve pôr fim aos planos de produção e venda da marca Miller no mercado nacional, um impacto negativo para o Petrópolis.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião